Historia do Cristianismo
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História da Igreja Católica
Origem da Igreja
Perseguição e crescimento
Antes de findar o século IV o Concílio de Niceia (325) e o Primeiro Concílio de Constantinopla, em respostas às heresias arianas e ao macedonismo, formularam a doutrina da Trindade que ficou fixada no seu conjunto no "Símbolo niceno-constantinopolitano". Por esta época colocou-se a questão da humanidade e divindade de Cristo que ficou definida no Concílio de Éfeso, convocado pelo imperador Teodósio II, que afirmou que Cristo é "perfeito Deus e perfeito homem" e definiu Maria como "Aquela que portou Deus" (Theotokos) em resposta à heresia Nestoriana (do bispo Nestório) que lhe atribuia apenas o Christotokos (Aquela que portou Cristo). Esta posição depois foi reafirmada no Concílio de Calcedônia (451) e no Terceiro Concílio de Constantinopla (680).
Padres da Igreja
Novos Horizontes
O Grande Cisma
Apogeu medieval
Os séculos XII e XIII formaram o apogeu clássico da cristandade medieval. Inocêncio III é a figura que desponta nesta época. Por este tempo reuniram-se concílios, surgiram as universidades, foram fundadas ordens religiosas de renome a de São Francisco de Assis, de São Domingos de Gusmão, São Bruno fundou a Cartuxa, e São Bernardo de Claraval, talvez o personagem europeu de maior importância do século XII, deu notável impulso à Ordem de Cister. Surgiram ainda a Ordem das Mercês (Mercedários), os ermitãos de Santo Agostinho, e a Ordem do Carmo dentre outras. Surge também a "Escolástica", é o tempo de Alberto Magno e de Tomás de Aquino e a Suma Teológica e do primeiro "código canônico" (Decretais de Gregório IX), recompilado por São Raimundo de Penhaforte. Surge a Universidade de Paris que tem os seu privilégios reconhecidos pelo Papa Inocêncio III, em 1215, e as de Oxford, Bolonha e Salamanca.
São deste tempo as Cruzadas, os Templários, os Hospitalários, as Ordens Militares e o "cavaleiro cristão" de que El Cid, Rodrigo Dias de Vivar, é o clássico modelo. O Papa concedia graças especiais aos combatentes, e nelas se envolveram príncipes e povos numa demonstração supranacional do elevado grau de seriedade da religiosidade da época. Também na Península Ibérica durante a reconquista os Papas decretaram algumas cruzadas contra o Islã, a mais famosa delas foi a batalha de Navas de Tolosa em 1212.
A transição, Constantinopla e a América
A Reforma Protestante
Lutero, de sua vez, construiu um sistema doutrinal-religioso em franca divergência com a tradição da Igreja. Segundo Lutero as obras do homem de nada servem para a salvação, nem os sacramentos na sua maioria, nem o Papado. A Igreja não seria nem depositária e nem interprete da Revelação. A Sagrada Escritura apenas e exclusivamente seria a única fonte da Revelação segundo a interpretação livre que cada fiel em particular lhe desse, diretamente inspirado por Deus. Publicou as 95 teses contra a Teologia Escolástica e as 95 sobre as Indulgências. Em 1521 foi excomungado.
A Reforma Católica
A Reforma Católica também conhecida como Contra-Reforma teve como ponto principal o Concílio de Trento, embora este movimento tenha começado anteriormente em vários setores da Igreja. Em 1534 foi eleito Papa, aos 66 anos de idade, o Cardeal Alexandre Farnesio, que tomou o nome de Paulo III. Vencendo a resistência de reis e príncipes convocou o Concílio Ecumênico de Trento, que inicia os trabalhos as 13 de dezembro de 1545 e só concluiu em 1563.
A ascensão francesa
Do Regalismo à Restauração
O Século "Das Coisas Novas"
O mesmo Leão XIII na encíclica Aeterni Patris reafirma as doutrinas de São Tomás de Aquino, na Immortale Dei (1885) dá diretrizes para a ação política cristã. Este século deu ainda ao mundo uma "pequena grande" santa: Teresa de Lisieux ou Terezinha do Menino Jesus e da Sagrada Face, freira carmelita enclausurada, falecida aos 24 anos de idade, canonizada, foi declarada co-padroeira dos missionários ao lado de São Francisco de Sales e se tornaria muito popular.
Os primórdios do Século XX
A Segunda Guerra e o pós-Guerra
A era do Concílio Vaticano II
João Paulo II e o Terceiro Milênio
Firme na ortodoxia católica não deixou de incentivar o ecumenismo, ao mesmo tempo em que realizou o ato formal de excomunhão do arcebispo Marcel Lefebvre, determinou a revisão do processo de Galileu Galilei e extirpou da Igreja uma "teologia da libertação" com visão marxista da religião e do mundo. Modernizou o processo de canonização dos santos, para servirem de exemplo e para mostrar que a santidade é alcançável ao "homem comum". A ação pastoral da Igreja foi reavivada com as dezenas de viagens internacionais que fez, sem precedentes em toda a história da Igreja.
A Igreja Católica, que se diz formada por homens santos e pecadores, inicia o terceiro milênio sustentando a mesma fé, o mesmo Credo e os mesmo valores ao mesmo tempo novos e velhos do Evangelho, tradicionais e progressistas, inovadores e conservadores, ao sabor do ponto de vista de quem os vê, mas sempre imutáveis e que sempre pregou através do seu Magistério ao longo dos seus dois milênios de existência e que são conseqüencia da sua fé na ressurreição de Jesus Cristo; é que os católicos não acreditam seguir uma ideia, ideologia ou filosofia apenas, mas seguir uma pessoa viva: E, se Cristo não ressuscitou, então é vã a nossa pregação, e vã também a vossa fé. (São Paulo aos Coríntios, I,15,14).