Biblia sagrada
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Deus criou o homem como um ser inteligente para ter comunhão com Ele. De todas as criaturas, o homem é o único feito a imagem e semelhança de Deus [Gênesis 1.27]. Desde a criação, Deus tem desejado que escolhamos imitá-Lo e estar com Ele. Para fazer isso, precisamos saber quem Ele é e o que Ele deseja de nós; é por isso que Deus nos deu a Bíblia. Ela é a revelação de Deus para nos equipar para toda a boa obra [2Timóteo 3.16-17]; Ela começa com a história da Criação, para nos mostrar o quanto Deus nos ama e o quanto Ele quer que estejamos com Ele; Ela também nos mostra o quanto Ele odeia o pecado e a desobediência, as barreiras que nos separam de nosso Criador.
Duas Grandes Divisões
A Bíblia é dividida em duas partes maiores, conhecidas como o Velho Testamento e o Novo Testamento. O Velho Testamento fala sobre a criação do homem e de suas lutas sem sucesso contra o pecado. Ele nos ajuda a ver o que é o pecado e a entender suas consequências, mas não revela completamente a solução [Romanos 3.19-23]. O Novo Testamento dá a resposta ao problema do homem na pessoa de Jesus Cristo [Romanos 1.16-17]. Apesar de que algumas pessoas ainda o rejeitem, Ele é o único meio de salvação [Atos 4.11-12].
Referimo-nos a essas partes da Bíblia como Testamentos ou Alianças, porque elas mostram como Deus revelou Sua vontade a diversas pessoas em diferentes épocas. O Velho Testamento é principalmente sobre o povo de Israel, os descendentes de Abraão, Isaque e Jacó. Deus os escolheu como nação especial e fez um pacto com eles; Ele comunicou-lhes a Lei no Monte Sinai e a entregou por intermédio de Moisés, Seu servo fiel. Essa Aliança foi dada para proteger o povo do mal enquanto ilustrava, muito claramente, a consequência mortal do pecado. Sem a informação que nos é dada no Velho Testamento, seria difícil entender as palavras de Paulo: "... porque o salário do pecado é a morte..." [Romanos 6.23];
O livro de Esdras, cujo nome provavelmente signifique “O Senhor tem ajudado”, deriva o seu título do personagem principal dos caps. 7-10. A opinião conservadora e geralmente aceita é de que Esdras tenha compilado ou escrito este livro juntamente com 1 e 2Crônicas e Neemias. A Bíblia hebraica reconhecia Esdras e Neemias como um só livro.
O próprio Esdras era um sacerdote, um “... escriba das palavras, dos mandamentos do SENHOR” (7.11). Liderou o segundo dos três grupos que retornaram da Babilônia para Jerusalém. Como homem devoto, estabeleceu firmemente a Lei (o Pentateuco) como a base da fé (7.10).
Os eventos de Esdras cobrem um período um pouco maior do que 80 anos e caem em dois segmentos distintos. O primeiro (caps.1-6) cobre um período de cerca de 23 anos e tem como tema o primeiro grupo que retorna do exílio sob Zorobabel e a reconstrução do templo.
Depois de mais de 60 anos de cativeiro babilônico, Deus desperta o coração do regente da Babilônia, o rei Ciro da Pérsia, Isaías 44.28, para publicar um edito que dizia que todo judeu que assim desejasse poderia retornar pra Jerusalém a fim de reconstruir o templo e a cidade . Um grupo de fiéis responde e partiu em 538 aC. sob a liderança de Zorobabel. A construção do templo é iniciada, mas a oposição dos habitantes não judeus desencoraja o povo, e a obra é interrompida. Deus, então, levanta os ministérios proféticos de Ageu e Zacarias, que chamam o povo para completar a obra. Embora bem menos esplêndido que o templo anterior, o de Salomão, o novo templo é completado e dedicado em 515 aC.
Aproximadamente 60 anos depois (458 aC.), outro grupo de exilados volta para Jerusalém liderados por Esdras (caps. 7-10). São enviados pelo rei persa Artaxerxes, com somas adicionais de dinheiro e valores para intensificar o culto no templo. Esdras também é comissionado para apontar líderes em Jerusalém para supervisionar o povo. Já em Jerusalém, Esdras assumiu o ministério de reformador espiritual, o que deve ter durado cerca de um ano. Sacerdote dedicado, Esdras encontra um Israel que tinha adotado muitas das práticas dos habitantes pagãos; ele chama Israel ao arrependimento e a uma renovada submissão à Lei, ao ponto do divórcio de suas esposas pagãs.
Duas grandes mensagens emergem de Esdras: a fidelidade de Deus e a infidelidade do homem.
Deus havia prometido através de Jeremias (25.12) que o cativeiro babilônico teria duração limitada. No momento apropriado, cumpriu fielmente a sua promessa e induziu o espírito do rei Ciro da Pérsia a publicar um edito para o retorno dos exilados (1.1-4). Fielmente, concedeu liderança (Zorobabel e Esdras), e os exilados são enviados com despojos, incluindo itens que haviam sido saqueados do templo de Salomão (1.5-10).
Quando o povo desanimou por causa da zombaria dos inimigos, Deus fielmente levantou Ageu e Zacarias para encorajar o povo a completar a obra. O estímulo dos profetas trouxe resultados (5.1,2).
Finalmente, quando o povo se desviou das verdades da Sua palavra, Deus fielmente enviou um sacerdote dedicado que habilidosamente instruiu o povo na verdade, chamando-o à confissão de pecado e ao arrependimento dos seus caminhos perversos (caps. 9-10).
A fidelidade de Deus é contrastada com a infidelidade do povo. Apesar do seu retorno e das promessas divinas, o povo se deixou influenciar pelos seus inimigos e desistiu temporariamente (4.24). Posteriormente, depois de completada a obra, de forma que pudesse adorar a Deus em seu próprio templo (6.16-18), o povo se tornou desobediente aos mandamentos de Deus; desenvolve-se uma geração inteira cujas “... iniqüidades se multiplicaram sobre as vossas cabeças” (9.6). Contudo, como foi dito acima, a fidelidade de Deus triunfa em cada situação.
A obra do Espírito Santo em Esdras pode ser vista claramente na ação providencial de Deus em cumprir as suas promessas. Isto é indicado pela frase “a mão do Senhor”, que aparece seis vezes.
Foi pelo Espírito que “... despertou o Senhor o espírito de Ciro...” (1.1) e “... tinha mudado o coração do rei da Assíria...” (6.22). Teria sido também pelo Espírito Santo que “E Ageu, profeta e Zacarias... profetizaram aos Judeus...” (5.1). A obra do Espírito Santo é vista na vida pessoal de Esdras, tanto no sentido de obrar nele (“Porque Esdras tinha preparado o seu coração para buscar a Lei do Senhor...”, 7.10), como no sentido de atuar em seu favor (“... o rei lhe deu tudo quanto lhe pedira”. 7.6).
A atitude de Esdras descreve bem a disposição que cada cristão deve mostrar no serviço ao Senhor: "Porque Esdras tinha disposto o coração para buscar a Lei do Senhor, e para a cumprir, e para ensinar em Israel os seus estatutos e os seus juízos" (7.10). Esse servo se ofereceu ao serviço de Deus com coração disposto. Mas, um coração bom precisa ser aplicado com toda reverência e respeito para com Deus.
Observe as duas coisas que Esdras fez:
Buscou a Lei. Antes de mais nada, o discípulo do Senhor precisa conhecer a palavra do Mestre. Jesus mandou que conheçamos a verdade, a Palavra de Deus (João 8.32; 17.17). Conhecimento sem aplicação na própria vida não adianta. "Tornai-vos, pois, praticantes da palavra e não somente ouvintes, enganando-vos com falsos discursos" (Tiago 1.22).
Ensinou a Palavra aos outros. A palavra que ouvimos deve ser transmitida a outras pessoas (2Timóteo 2.2; Hebreus 5.12).
O escriba e sacerdote Esdras nos serve como excelente exemplo. Cada cristão deve imitar a atitude dele. Com corações dispostos, devemos buscar, cumprir e ensinar a palavra de Deus.
Conhecendo a Bíblia - 14ª parte
Duas Grandes Divisões
A Bíblia é dividida em duas partes maiores, conhecidas como o Velho Testamento e o Novo Testamento. O Velho Testamento fala sobre a criação do homem e de suas lutas sem sucesso contra o pecado. Ele nos ajuda a ver o que é o pecado e a entender suas consequências, mas não revela completamente a solução [Romanos 3.19-23]. O Novo Testamento dá a resposta ao problema do homem na pessoa de Jesus Cristo [Romanos 1.16-17]. Apesar de que algumas pessoas ainda o rejeitem, Ele é o único meio de salvação [Atos 4.11-12].
Referimo-nos a essas partes da Bíblia como Testamentos ou Alianças, porque elas mostram como Deus revelou Sua vontade a diversas pessoas em diferentes épocas. O Velho Testamento é principalmente sobre o povo de Israel, os descendentes de Abraão, Isaque e Jacó. Deus os escolheu como nação especial e fez um pacto com eles; Ele comunicou-lhes a Lei no Monte Sinai e a entregou por intermédio de Moisés, Seu servo fiel. Essa Aliança foi dada para proteger o povo do mal enquanto ilustrava, muito claramente, a consequência mortal do pecado. Sem a informação que nos é dada no Velho Testamento, seria difícil entender as palavras de Paulo: "... porque o salário do pecado é a morte..." [Romanos 6.23];
Hoje, entendemos muitas coisas importantes no Velho Testamento. Aprendemos sobre a natureza do Deus verdadeiro que governa o futuro e nunca quebra Suas promessas [Romanos 15.1-4]; observamos os perigos da desobediência [1Coríntios 10.1-13]; encontramos alguns detalhes do plano perfeito de Deus quando Ele prepara o envio de Seu Filho Amado para nos salvar [João 5.39].
Mas o Velho Testamento não foi destinado a ser a palavra final. Deus enviou mensageiros para entregá-lo, mas já estava preparado para enviar Seu próprio Filho para dar a revelação completa e final de Sua vontade para todos os homens [Hebreus 1.1-2]. Jesus prometeu aos apóstolos que eles seriam guiados pelo Espírito Santo "... a toda a verdade..." [João 16.13]; eles serviram como "vasos de barro" para comunicar a verdade a todos os homens [2Coríntios 4.7; Colossenses 1.23]. Eles a escreveram nos livros que agora temos, denominado como Novo Testamento, e declararam que a fé havia sido entregue "... uma vez por todas... aos santos" [Judas 3]; ninguém tem o direito de acrescentar a esta revelação ou pregar qualquer outra doutrina [Gálatas 1.6-9]; é errado ir além do que nos foi revelado na Palavra de Cristo [1Coríntios 4.6; 2João 9].
Para nos ajudar a entender e apreciar a mensagem da Bíblia, consideremos brevemente o conteúdo dos 66 livros dos quais Ela se compõe. Se você é um estudante novo, estas notas poderão ajudar a saber um pouco sobre o contexto de cada livro. Se você já estudou cuidadosamente toda a Bíblia, estas observações o também podem ajudar a relembrar a beleza e a unidade de Sua mensagem.
O Velho Testamento: 39 Livros Apontando para o Cristo
Podemos dividir o Velho Testamento em quatro categorias de livros.
Cinco Livros da Lei, Também Conhecidos como o Pentateuco
Gênesis fala da Criação do universo e da corrupção do homem pelo pecado. Esse livro começa a contar como Deus enviaria um descendente de Abraão para salvar os homens de seus pecados. Êxodo continua a história da família de Abraão. Depois de quatro séculos no cativeiro egípcio, esse povo foi salvo por Deus e eleito como Seu povo especial. Esse livro conta o começo de sua jornada em direção a terra prometida de Canaã, e registra os Mandamentos que Deus deu a Moisés e aos israelitas no Monte Sinai. Os próximos três livros, Levítico, Números e Deuteronômio continuam a mesma história, terminando com a morte de Moisés pouco antes de o povo entrar na terra prometida.
Doze Livros de História
Após a morte de Moisés, Josué conduziu o povo na conquista da terra que Deus tinha entregado a eles. Depois que Josué morreu o Senhor usou uma série de Juízes para salvar os israelitas, repetidamente, das consequências de seu próprio pecado. O pequeno livro de Rute é uma linda história do amor e da lealdade ocorrida nesse período de tempo. 1Samuel é um livro de transição no qual lemos sobre o fim do período dos juízes e sobre o começo da monarquia em Israel. 2Samuel, 1 e 2Reis e 1 e 2Crônicas falam dos reis que reinaram sobre os descendentes de Abraão. Alguns foram muito bons e piedosos, mas alguns foram tiranos egoístas. O povo seguiu seus líderes ímpios e persistiu na idolatria. Deus foi paciente durante longo tempo, mas finalmente usou forças estrangeiras para derrotar e levar o povo em cativeiro. Esdras, Neemias e Ester falam desse cativeiro e também como Deus libertou o povo e permitiu-lhe voltar à sua própria terra.
Cinco Livros de Sabedoria
"O temor do Senhor é o princípio do saber…" [Provérbios 1.7]. Essa é a mensagem ressaltada através dos cinco livros que chamamos livros de sabedoria ou poesia. Jó é um livro sobre o sofrimento. Pessoas justas sofrem, sim, e nem sempre sabem o porquê. Mas, podemos sempre confiar em Deus quando enfrentamos dificuldades. Os Salmos são cânticos de louvor que foram usados freqüentemente no templo ou na adoração individual. Eles glorificam a grandeza e a misericórdia de Deus. Provérbios são breves afirmações de sabedoria prática. Aqui aprendemos como conviver com outras pessoas e a importância de se preparar para a eternidade. Eclesiastes fala da busca de um homem pelo significado da vida, e conclui que não há significado nenhum longe do Criador. Cântico dos Cânticos é uma história de amor. Uma mulher jovem precisa escolher entre o conforto com um homem rico e o amor completo de um pobre.
Dezessete Livros de Profecia
Os livros restantes do Velho Testamento são mensagens enviadas por vários pregadores inspirados, conhecidos como profetas. Eles estão relacionados no mesmo período de tempo coberto pelos livros de história, e a maioria deles fala sobre os descendentes de Abraão. Esses livros incluem referências ocasionais ao futuro, especialmente profecias sobre a primeira vinda de Jesus Cristo. Os primeiros cinco desses livros, por serem eles geralmente mais longos, são conhecidos como os profetas maiores. Isaías escreveu cerca de 700 anos antes de Cristo e usou a queda de Israel (a maioria dos descendentes de Abraão) para advertir Judá (as tribos restantes) que precisavam arrepender-se. Jeremias veio cerca de 100 anos mais tarde e deu as advertências finais de Deus ao povo rebelde de Judá antes de sua queda. Ele também escreveu Lamentações, um livro de luto por causa da destruição de Jerusalém. Ezequiel e Daniel estavam entre os cativos de Judá. Eles instaram o povo a arrepender-se e assegurou-o de que Deus o resgataria de seu cativeiro.
Os 12 livros restantes do Velho Testamento são chamados Profetas Menores, porque são mais breves. Sua mensagem não é menos significativa. Alguns deles foram escritos por volta do tempo das quedas de Israel (Amós, Oséias e Miquéias) e de Judá (Sofonias e Habacuque). Joel adverte o povo de Judá quanto à necessidade de arrependimento. Jonas e Naum falam das consequências dos pecados do povo de Nínive e Obadias adverte os edomitas sobre sua punição iminente. Os últimos três profetas do Velho Testamento (Ageu, Zacarias e Malaquias) encorajaram o povo que havia retornado do cativeiro a servir a Deus fielmente.
O Novo Testamento: 27 Livros que Mostram como Seguir a Jesus
Podemos dividir o Novo Testamento também em quatro categorias maiores, baseadas no conteúdo dos livros.
Quatro Livros Sobre a Vida de Cristo
Os primeiros quatro livros do Novo Testamento são relatos biográficos que registram a vida e o ensinamento de Jesus na terra. Cada livro (Mateus, Marcos, Lucas e João) salienta pormenores diferentes da vida do Senhor. Para melhor entendimento, eles devem ser estudados juntos.
Um Livro Sobre a Obra dos Cristãos Primitivos
O livro de Atos fala das obras dos apóstolos (especialmente Pedro e Paulo) durante cerca de 30 anos depois da morte e ressurreição de Jesus.
Vinte E Uma Cartas
Paulo escreveu a maioria delas. Ele enviou diversas cartas a igrejas (Romanos, 1 e 2Coríntios, Gálatas, Efésios, Filipenses, Colossenses, 1 e 2Tessalonicenses) e outras a irmãos (1 e 2Timóteo, Tito e Filemom). Não sabe ao certo quem escreveu Hebreus, um livro extremamente valioso mostrando a supremacia de Cristo. Quatro discípulos de Cristo escreveram as cartas restantes que foram identificadas pelos nomes de seus autores: Tiago, 1 e 2Pedro, 1, 2 e 3João e Judas.
Um Livro de Profecia
O livro de Apocalipse foi escrito para confortar os irmãos perseguidos com a convicção que Cristo seria vitorioso sobre todos os seus inimigos. Esse livro nos ajuda a ver Cristo como Ele verdadeiramente é: Poderoso e Triunfante sobre satanás e seus aliados! Ele nos assegura que nós, também, podemos ser vitoriosos sobre o mal.
O Desafio para Estudar a Bíblia
Desde Gênesis até Apocalipse, a Bíblia é uma mensagem do amor de Deus por nós. Devemos estudá-la diligentemente todos os dias para que cresça o nosso entendimento de como glorificar nosso Criador e Redentor.
Mas o Velho Testamento não foi destinado a ser a palavra final. Deus enviou mensageiros para entregá-lo, mas já estava preparado para enviar Seu próprio Filho para dar a revelação completa e final de Sua vontade para todos os homens [Hebreus 1.1-2]. Jesus prometeu aos apóstolos que eles seriam guiados pelo Espírito Santo "... a toda a verdade..." [João 16.13]; eles serviram como "vasos de barro" para comunicar a verdade a todos os homens [2Coríntios 4.7; Colossenses 1.23]. Eles a escreveram nos livros que agora temos, denominado como Novo Testamento, e declararam que a fé havia sido entregue "... uma vez por todas... aos santos" [Judas 3]; ninguém tem o direito de acrescentar a esta revelação ou pregar qualquer outra doutrina [Gálatas 1.6-9]; é errado ir além do que nos foi revelado na Palavra de Cristo [1Coríntios 4.6; 2João 9].
Para nos ajudar a entender e apreciar a mensagem da Bíblia, consideremos brevemente o conteúdo dos 66 livros dos quais Ela se compõe. Se você é um estudante novo, estas notas poderão ajudar a saber um pouco sobre o contexto de cada livro. Se você já estudou cuidadosamente toda a Bíblia, estas observações o também podem ajudar a relembrar a beleza e a unidade de Sua mensagem.
O Velho Testamento: 39 Livros Apontando para o Cristo
Podemos dividir o Velho Testamento em quatro categorias de livros.
Cinco Livros da Lei, Também Conhecidos como o Pentateuco
Gênesis fala da Criação do universo e da corrupção do homem pelo pecado. Esse livro começa a contar como Deus enviaria um descendente de Abraão para salvar os homens de seus pecados. Êxodo continua a história da família de Abraão. Depois de quatro séculos no cativeiro egípcio, esse povo foi salvo por Deus e eleito como Seu povo especial. Esse livro conta o começo de sua jornada em direção a terra prometida de Canaã, e registra os Mandamentos que Deus deu a Moisés e aos israelitas no Monte Sinai. Os próximos três livros, Levítico, Números e Deuteronômio continuam a mesma história, terminando com a morte de Moisés pouco antes de o povo entrar na terra prometida.
Doze Livros de História
Após a morte de Moisés, Josué conduziu o povo na conquista da terra que Deus tinha entregado a eles. Depois que Josué morreu o Senhor usou uma série de Juízes para salvar os israelitas, repetidamente, das consequências de seu próprio pecado. O pequeno livro de Rute é uma linda história do amor e da lealdade ocorrida nesse período de tempo. 1Samuel é um livro de transição no qual lemos sobre o fim do período dos juízes e sobre o começo da monarquia em Israel. 2Samuel, 1 e 2Reis e 1 e 2Crônicas falam dos reis que reinaram sobre os descendentes de Abraão. Alguns foram muito bons e piedosos, mas alguns foram tiranos egoístas. O povo seguiu seus líderes ímpios e persistiu na idolatria. Deus foi paciente durante longo tempo, mas finalmente usou forças estrangeiras para derrotar e levar o povo em cativeiro. Esdras, Neemias e Ester falam desse cativeiro e também como Deus libertou o povo e permitiu-lhe voltar à sua própria terra.
Cinco Livros de Sabedoria
"O temor do Senhor é o princípio do saber…" [Provérbios 1.7]. Essa é a mensagem ressaltada através dos cinco livros que chamamos livros de sabedoria ou poesia. Jó é um livro sobre o sofrimento. Pessoas justas sofrem, sim, e nem sempre sabem o porquê. Mas, podemos sempre confiar em Deus quando enfrentamos dificuldades. Os Salmos são cânticos de louvor que foram usados freqüentemente no templo ou na adoração individual. Eles glorificam a grandeza e a misericórdia de Deus. Provérbios são breves afirmações de sabedoria prática. Aqui aprendemos como conviver com outras pessoas e a importância de se preparar para a eternidade. Eclesiastes fala da busca de um homem pelo significado da vida, e conclui que não há significado nenhum longe do Criador. Cântico dos Cânticos é uma história de amor. Uma mulher jovem precisa escolher entre o conforto com um homem rico e o amor completo de um pobre.
Dezessete Livros de Profecia
Os livros restantes do Velho Testamento são mensagens enviadas por vários pregadores inspirados, conhecidos como profetas. Eles estão relacionados no mesmo período de tempo coberto pelos livros de história, e a maioria deles fala sobre os descendentes de Abraão. Esses livros incluem referências ocasionais ao futuro, especialmente profecias sobre a primeira vinda de Jesus Cristo. Os primeiros cinco desses livros, por serem eles geralmente mais longos, são conhecidos como os profetas maiores. Isaías escreveu cerca de 700 anos antes de Cristo e usou a queda de Israel (a maioria dos descendentes de Abraão) para advertir Judá (as tribos restantes) que precisavam arrepender-se. Jeremias veio cerca de 100 anos mais tarde e deu as advertências finais de Deus ao povo rebelde de Judá antes de sua queda. Ele também escreveu Lamentações, um livro de luto por causa da destruição de Jerusalém. Ezequiel e Daniel estavam entre os cativos de Judá. Eles instaram o povo a arrepender-se e assegurou-o de que Deus o resgataria de seu cativeiro.
Os 12 livros restantes do Velho Testamento são chamados Profetas Menores, porque são mais breves. Sua mensagem não é menos significativa. Alguns deles foram escritos por volta do tempo das quedas de Israel (Amós, Oséias e Miquéias) e de Judá (Sofonias e Habacuque). Joel adverte o povo de Judá quanto à necessidade de arrependimento. Jonas e Naum falam das consequências dos pecados do povo de Nínive e Obadias adverte os edomitas sobre sua punição iminente. Os últimos três profetas do Velho Testamento (Ageu, Zacarias e Malaquias) encorajaram o povo que havia retornado do cativeiro a servir a Deus fielmente.
O Novo Testamento: 27 Livros que Mostram como Seguir a Jesus
Podemos dividir o Novo Testamento também em quatro categorias maiores, baseadas no conteúdo dos livros.
Quatro Livros Sobre a Vida de Cristo
Os primeiros quatro livros do Novo Testamento são relatos biográficos que registram a vida e o ensinamento de Jesus na terra. Cada livro (Mateus, Marcos, Lucas e João) salienta pormenores diferentes da vida do Senhor. Para melhor entendimento, eles devem ser estudados juntos.
Um Livro Sobre a Obra dos Cristãos Primitivos
O livro de Atos fala das obras dos apóstolos (especialmente Pedro e Paulo) durante cerca de 30 anos depois da morte e ressurreição de Jesus.
Vinte E Uma Cartas
Paulo escreveu a maioria delas. Ele enviou diversas cartas a igrejas (Romanos, 1 e 2Coríntios, Gálatas, Efésios, Filipenses, Colossenses, 1 e 2Tessalonicenses) e outras a irmãos (1 e 2Timóteo, Tito e Filemom). Não sabe ao certo quem escreveu Hebreus, um livro extremamente valioso mostrando a supremacia de Cristo. Quatro discípulos de Cristo escreveram as cartas restantes que foram identificadas pelos nomes de seus autores: Tiago, 1 e 2Pedro, 1, 2 e 3João e Judas.
Um Livro de Profecia
O livro de Apocalipse foi escrito para confortar os irmãos perseguidos com a convicção que Cristo seria vitorioso sobre todos os seus inimigos. Esse livro nos ajuda a ver Cristo como Ele verdadeiramente é: Poderoso e Triunfante sobre satanás e seus aliados! Ele nos assegura que nós, também, podemos ser vitoriosos sobre o mal.
O Desafio para Estudar a Bíblia
Desde Gênesis até Apocalipse, a Bíblia é uma mensagem do amor de Deus por nós. Devemos estudá-la diligentemente todos os dias para que cresça o nosso entendimento de como glorificar nosso Criador e Redentor.
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“Nós somos um povo do Livro. Nós conhecemos Deus pelo Livro. Nós encontramo-nos com Cristo no Livro. Nós vemos a cruz no Livro. Nossa fé e amor são estimulados pelas gloriosas verdades do Livro. Nós provamos a divina majestade da Palavra e estamos convencidos de que o Livro é a inspirada e infalível revelação escrita de Deus. Portanto, o que o Livro ensina é importante...
Não há salvação do pecado, da culpa, da condenação e do inferno fora da fé em Jesus Cristo [Atos 4.12; Romanos 10.13-17; 1 João 5.12]. E não há nenhuma outra autoridade além das Escrituras para lhe mostrar quem é Cristo e dar-lhe as Palavras dEle. Portanto não abandonem a Bíblia, crianças. Não abandonem a Bíblia, jovens. Não negligenciem a Bíblia, pais e mães. Não ignorem a Bíblia, solteiros. Abaixo de Deus, os "escritos sagrados", as Escrituras, são o maior tesouro no mundo. Só elas nos tornam sábios para a salvação através de Cristo. Oh, não negligenciem este Livro!” - John Piper.
“Nós somos um povo do Livro. Nós conhecemos Deus pelo Livro. Nós encontramo-nos com Cristo no Livro. Nós vemos a cruz no Livro. Nossa fé e amor são estimulados pelas gloriosas verdades do Livro. Nós provamos a divina majestade da Palavra e estamos convencidos de que o Livro é a inspirada e infalível revelação escrita de Deus. Portanto, o que o Livro ensina é importante...
Não há salvação do pecado, da culpa, da condenação e do inferno fora da fé em Jesus Cristo [Atos 4.12; Romanos 10.13-17; 1 João 5.12]. E não há nenhuma outra autoridade além das Escrituras para lhe mostrar quem é Cristo e dar-lhe as Palavras dEle. Portanto não abandonem a Bíblia, crianças. Não abandonem a Bíblia, jovens. Não negligenciem a Bíblia, pais e mães. Não ignorem a Bíblia, solteiros. Abaixo de Deus, os "escritos sagrados", as Escrituras, são o maior tesouro no mundo. Só elas nos tornam sábios para a salvação através de Cristo. Oh, não negligenciem este Livro!” - John Piper.
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A Bíblia é a revelação escrita de Deus acerca de sua Vontade para os homens. Seu tema central é a Salvação mediante Jesus Cristo. Contém 66 livros, escritos por 40 autores por volta de 1500 anos. O Antigo Testamento foi escrito na maior parte em hebraico. O Novo Testamento foi escrito na língua grega. A Palavra “Testamento” quer dizer “aliança” ou pacto. O Antigo Testamento é a aliança que Deus fez com o homem antes de Cristo vir. O Novo Testamento é o pacto que Deus fez com o homem depois de Cristo vir. No Novo Testamento encontramos a aliança da graça.
* De Adão a Abraão temos a história da raça humana.
* De Abraão a Cristo temos a historia da nação escolhida.
* De Cristo em diante temos a história da Igreja primitiva.
O Antigo Testamento é o relato de uma nação (a nação hebraica). O Novo Testamento é o relato de um Homem (o Filho de Deus). A Bíblia toda gira em torno da história de Cristo e da sua promessa de vida eterna aos homens. Foi escrita somente para que creiamos e entendamos, conheçamos, amemos e sigamos a Cristo.
São 17 os livros proféticos do Antigo Testamento. Dividem-se em profetas maiores e menores. Os cativeiros de Israel e Judá são os temas principais dos profetas. São chamados cativeiros da Assíria e da Babilônia. Alguns profetas serviram antes, durante e depois do exílio.
* Profetas PRÉ-EXÍLICOS: Obadias, Joel, Amós, Oséias, Isaías, Miquéias, Naum, Habacuque, Sofonias e Jeremias.
* Profetas EXÍLICOS: Ezequiel e Daniel
* Profetas PÓS-EXÍLICOS: Ageu, Zacarias e Malaquias.
PROFETAS DE ACORDO COM A ÉPOCA
* Seis viveram no tempo da destruição de Israel pela Assíria: Joel, Jonas, Amós, Oséias, Isaías e Miquéias.
* Sete viveram no tempo da destruição de Judá pela Babilônia: Jeremias, Ezequiel, Daniel Obadias, Naum, Habacuque e Sofonias.
* Três viveram no período da restauração: Ageu, Zacarias, e Malaquias.
PROFETAS DE ACORDO COM OS DESTINATÁRIOS
* Três profetizaram para Israel: Amós, Oséias e Ezequiel.
* Dois para Nínive: Jonas e Naum.
* Um para Babilômia: Daniel.
* Um para Edom: Obadias.
* Nove para Judá: Joel, Isaías, Miquéias, Jeremias, Habacuque, Sofonias, Ageu, Zacarias e Malaquias.
QUATROCENTOS ANOS DE SILÊNCIO
Ao tempo em que se encerrou a história do Antigo Testamento, uns poucos judeus, especialmente da tribo de Judá, viviam pacificamente em sua própria terra, com o templo reconstruído e as cerimônias restabelecidas. Durante esse tempo nenhum profeta falou ou escreveu. Por isso é chamado o “período do silêncio”.
O TRIBUTO ROMANO
No ano 63 aC, Roma entrou de posse da Palestina, preparando o caminho e a época para o nascimento de Jesus. Os judeus tinham alguma liberdade política, mas tinham de pagar um imposto anual ao governo romano.
OS EVANGELHOS
Suponhamos que quatro testemunhas comparecessem perante um juiz para depor sobre certo acontecimento e cada uma delas usasse as mesmas palavras. O juiz provavelmente concluiria que haviam concordado em contar a mesma história. Se cada uma tivesse contado o que tinha visto e como o tinha visto, aí então a prova seria digna de crédito. Os quatro evangelistas contaram a mesma história, cada qual a seu modo.
Mateus, Marcos e Lucas narram o ministério de Jesus principalmente na Galiléia; enquanto o de João narra seu ministério na Judéia. João apresenta seus discursos mais profundos, suas conversas e orações. Os outros evangelhos narram os milagres, parábolas e mensagens dirigidas às multidões.
* Os evangelhos nos apresentam Jesus em nosso meio. Os evangelhos contam-nos QUANDO E COMO CRISTO veio.
* As epístolas (cartas), contam-nos POR QUE CRISTO veio.
Evangelho quer dizer “Boas-novas” a respeito de Jesus Cristo, o Filho de Deus. Todos omitem um registro de 18 anos da vida de Cristo, entre os doze e os trinta anos. Cada um deles apresenta um aspecto diferente da vida terrena de nosso Senhor. Juntos dão-nos um retrato completo. Ele era Rei, mas era também o Servo Perfeito. Mas não devemos esquecer-nos de que era o Filho de Deus.
CRISTO FOI APRESENTADO AOS MAIS VARIADOS TIPOS DE PESSOAS
O Judeu - Estava familiarizado com as escrituras do Antigo Testamento. Só um judeu seria capaz de despertar interesse de outro judeu. Seu mestre deveria ser alguém versado no Antigo Testamento e nos costumes judaicos.
O Romano - O dominador do mundo daquele tempo. Marcos escreveu especialmente para ele. O romano não sabia nada do Antigo Testamento, o cumprimento de profecias não lhe interessava, mas estava profundamente interessado em um líder notável que surgiria na Palestina. Eles queriam ouvir mais a respeito de Jesus. Os romanos gostavam da mensagem direta de alguém como Marcos.
O Grego - Lucas. Esse evangelho foi escrito por um médico grego para os seus patrícios, que amavam a beleza a poesia e a cultura. Viviam num mundo de grandes conceitos. Era difícil agradá-los.
Todos os homens - João escreveu para todos os homens. Este evangelho está cheio de afirmações extraordinárias que atestam sua missão e seu caráter divinos.
ATOS DO ESPÍRITO SANTO ATRAVÉS DOS APÓSTOLOS
A ascensão de Jesus é a cena inicial em Atos. O livro registra os atos do Espírito Santo através dos apóstolos. Cristo tinha dito aos discípulos que enviaria o Espírito: “Esse dará testemunho de mim”. A promessa cumpriu-se no dia de Pentecostes, quando Ele derramou o Espírito Santo. A partir daquele momento, ao darem testemunho do Salvador, o Espírito Santo daria testemunho no coração dos ouvintes, e multidões seriam levadas ao Salvador.
O livro começa com a pregação do Evangelho (Boas novas) em Jerusalém, a metrópole da nação judaica, e termina com o Evangelho em Roma, a metrópole do poder mundial.
Embora seja dado ao livro o nome de Atos dos Apóstolos, ele narra de fato, os atos do Espírito Santo operando através de Pedro, Paulo e seus companheiros. Depois da vinda de Jesus a terra, o acontecimento de maior importância foi à vinda do Espírito Santo.
O Pentecostes era uma das festas mais populares e Jerusalém estava repleta de peregrinos de toda parte. Cinqüenta dias tinham se passado desde a crucificação. A partir desta data, Pentecostes não seria mais uma festa judaica, mas o raiar de um novo dia. Não pense que o Espírito Santo veio ao mundo pela primeira vez por ocasião do Pentecostes. Por todo o Antigo Testamento, encontramos narrativas que mostram como ele guiava e fortalecia os homens. Agora o Espírito Santo iria fazer uso de um novo instrumento.
APOCALIPSE
Poucos lêem este livro. Apocalipse apresenta um Cristo glorioso reinando. Fala do reino de Cristo na terra que o adversário deseja controlar. Fala da vitória completa e eterna de Cristo sobre o adversário. Descreve a sua derrota e castigo, primeiro por mil anos e depois para sempre. Fala mais da condenação final do adversário que qualquer outro livro. Não é de admirar, portanto, que o adversário não quer que os homens leiam.
Apocalipse quer dizer desvendar, tirar o véu. Os surdos mudos falam por uma linguagem de sinais. Cada gesto tem uma significação. O mesmo acontece com os sinais do Apocalipse. Há nele centenas de símbolos e cada um tem um significado definido. Os símbolos são maravilhosos e falam grandes verdades.
O livro trata da volta do senhor Jesus a terra. Contém descrições de acontecimentos tremendos na terra e no céu logo antes da sua vinda, durante e depois dela. Cristo é o tema desse livro maravilhoso.
Somos salvos e lavados no seu sangue, a fim de que possamos estar prontos e ansiosos por sua volta. Tudo o que foi iniciado no livro dos começos (Gênesis) é consumado no Apocalipse.
João já idoso estava exilado na ilha de Patmos. Ele fora banido por causa do seu testemunho de Jesus (1.9). Naquela ilha foi obrigado a executar trabalhos pesados nas minas e nas pedreiras. Mas seu Comandante-Chefe apareceu e transmitiu-lhe uma vibrante mensagem da glória final. Aquele a quem João viu era mais que humano. Era o Filho do Homem. COM VESTES TALARES, CABELOS COMO A LÃ, OLHOS COMO CHAMA DE FOGO, PÉS SEMELHANTE AO BRONZE POLIDO, VOZ COMO DE MUITAS ÁGUAS... Quando João viu toda essa glória, caiu a seus pés como morto, tão esmagadora era a visão (Apocalipse 1.11-18). Mas as palavras de Cristo eram tranqüilizadoras.
2Timóteo 3.16 "Toda Escritura divinamente inspirada é proveitosa para ensinar, para redargüir, para corrigir, para instruir em justiça."
2Pedro 1.20,21 "sabendo primeiramente isto: que nenhuma profecia da Escritura é de particular interpretação; porque a profecia nunca foi produzida por vontade de homem algum, mas os homens santos de Deus falaram inspirados pelo Espírito Santo".
Apocalipse 22.21 "A graça de nosso Senhor Jesus Cristo seja com todos vós. Amém!"
Erros, contradições na Bíblia...
A Bíblia é a revelação escrita de Deus acerca de sua Vontade para os homens. Seu tema central é a Salvação mediante Jesus Cristo. Contém 66 livros, escritos por 40 autores por volta de 1500 anos. O Antigo Testamento foi escrito na maior parte em hebraico. O Novo Testamento foi escrito na língua grega. A Palavra “Testamento” quer dizer “aliança” ou pacto. O Antigo Testamento é a aliança que Deus fez com o homem antes de Cristo vir. O Novo Testamento é o pacto que Deus fez com o homem depois de Cristo vir. No Novo Testamento encontramos a aliança da graça.
* De Adão a Abraão temos a história da raça humana.
* De Abraão a Cristo temos a historia da nação escolhida.
* De Cristo em diante temos a história da Igreja primitiva.
O Antigo Testamento é o relato de uma nação (a nação hebraica). O Novo Testamento é o relato de um Homem (o Filho de Deus). A Bíblia toda gira em torno da história de Cristo e da sua promessa de vida eterna aos homens. Foi escrita somente para que creiamos e entendamos, conheçamos, amemos e sigamos a Cristo.
São 17 os livros proféticos do Antigo Testamento. Dividem-se em profetas maiores e menores. Os cativeiros de Israel e Judá são os temas principais dos profetas. São chamados cativeiros da Assíria e da Babilônia. Alguns profetas serviram antes, durante e depois do exílio.
* Profetas PRÉ-EXÍLICOS: Obadias, Joel, Amós, Oséias, Isaías, Miquéias, Naum, Habacuque, Sofonias e Jeremias.
* Profetas EXÍLICOS: Ezequiel e Daniel
* Profetas PÓS-EXÍLICOS: Ageu, Zacarias e Malaquias.
PROFETAS DE ACORDO COM A ÉPOCA
* Seis viveram no tempo da destruição de Israel pela Assíria: Joel, Jonas, Amós, Oséias, Isaías e Miquéias.
* Sete viveram no tempo da destruição de Judá pela Babilônia: Jeremias, Ezequiel, Daniel Obadias, Naum, Habacuque e Sofonias.
* Três viveram no período da restauração: Ageu, Zacarias, e Malaquias.
PROFETAS DE ACORDO COM OS DESTINATÁRIOS
* Três profetizaram para Israel: Amós, Oséias e Ezequiel.
* Dois para Nínive: Jonas e Naum.
* Um para Babilômia: Daniel.
* Um para Edom: Obadias.
* Nove para Judá: Joel, Isaías, Miquéias, Jeremias, Habacuque, Sofonias, Ageu, Zacarias e Malaquias.
QUATROCENTOS ANOS DE SILÊNCIO
Ao tempo em que se encerrou a história do Antigo Testamento, uns poucos judeus, especialmente da tribo de Judá, viviam pacificamente em sua própria terra, com o templo reconstruído e as cerimônias restabelecidas. Durante esse tempo nenhum profeta falou ou escreveu. Por isso é chamado o “período do silêncio”.
O TRIBUTO ROMANO
No ano 63 aC, Roma entrou de posse da Palestina, preparando o caminho e a época para o nascimento de Jesus. Os judeus tinham alguma liberdade política, mas tinham de pagar um imposto anual ao governo romano.
OS EVANGELHOS
Suponhamos que quatro testemunhas comparecessem perante um juiz para depor sobre certo acontecimento e cada uma delas usasse as mesmas palavras. O juiz provavelmente concluiria que haviam concordado em contar a mesma história. Se cada uma tivesse contado o que tinha visto e como o tinha visto, aí então a prova seria digna de crédito. Os quatro evangelistas contaram a mesma história, cada qual a seu modo.
Mateus, Marcos e Lucas narram o ministério de Jesus principalmente na Galiléia; enquanto o de João narra seu ministério na Judéia. João apresenta seus discursos mais profundos, suas conversas e orações. Os outros evangelhos narram os milagres, parábolas e mensagens dirigidas às multidões.
* Os evangelhos nos apresentam Jesus em nosso meio. Os evangelhos contam-nos QUANDO E COMO CRISTO veio.
* As epístolas (cartas), contam-nos POR QUE CRISTO veio.
Evangelho quer dizer “Boas-novas” a respeito de Jesus Cristo, o Filho de Deus. Todos omitem um registro de 18 anos da vida de Cristo, entre os doze e os trinta anos. Cada um deles apresenta um aspecto diferente da vida terrena de nosso Senhor. Juntos dão-nos um retrato completo. Ele era Rei, mas era também o Servo Perfeito. Mas não devemos esquecer-nos de que era o Filho de Deus.
CRISTO FOI APRESENTADO AOS MAIS VARIADOS TIPOS DE PESSOAS
O Judeu - Estava familiarizado com as escrituras do Antigo Testamento. Só um judeu seria capaz de despertar interesse de outro judeu. Seu mestre deveria ser alguém versado no Antigo Testamento e nos costumes judaicos.
O Romano - O dominador do mundo daquele tempo. Marcos escreveu especialmente para ele. O romano não sabia nada do Antigo Testamento, o cumprimento de profecias não lhe interessava, mas estava profundamente interessado em um líder notável que surgiria na Palestina. Eles queriam ouvir mais a respeito de Jesus. Os romanos gostavam da mensagem direta de alguém como Marcos.
O Grego - Lucas. Esse evangelho foi escrito por um médico grego para os seus patrícios, que amavam a beleza a poesia e a cultura. Viviam num mundo de grandes conceitos. Era difícil agradá-los.
Todos os homens - João escreveu para todos os homens. Este evangelho está cheio de afirmações extraordinárias que atestam sua missão e seu caráter divinos.
ATOS DO ESPÍRITO SANTO ATRAVÉS DOS APÓSTOLOS
A ascensão de Jesus é a cena inicial em Atos. O livro registra os atos do Espírito Santo através dos apóstolos. Cristo tinha dito aos discípulos que enviaria o Espírito: “Esse dará testemunho de mim”. A promessa cumpriu-se no dia de Pentecostes, quando Ele derramou o Espírito Santo. A partir daquele momento, ao darem testemunho do Salvador, o Espírito Santo daria testemunho no coração dos ouvintes, e multidões seriam levadas ao Salvador.
O livro começa com a pregação do Evangelho (Boas novas) em Jerusalém, a metrópole da nação judaica, e termina com o Evangelho em Roma, a metrópole do poder mundial.
Embora seja dado ao livro o nome de Atos dos Apóstolos, ele narra de fato, os atos do Espírito Santo operando através de Pedro, Paulo e seus companheiros. Depois da vinda de Jesus a terra, o acontecimento de maior importância foi à vinda do Espírito Santo.
O Pentecostes era uma das festas mais populares e Jerusalém estava repleta de peregrinos de toda parte. Cinqüenta dias tinham se passado desde a crucificação. A partir desta data, Pentecostes não seria mais uma festa judaica, mas o raiar de um novo dia. Não pense que o Espírito Santo veio ao mundo pela primeira vez por ocasião do Pentecostes. Por todo o Antigo Testamento, encontramos narrativas que mostram como ele guiava e fortalecia os homens. Agora o Espírito Santo iria fazer uso de um novo instrumento.
APOCALIPSE
Poucos lêem este livro. Apocalipse apresenta um Cristo glorioso reinando. Fala do reino de Cristo na terra que o adversário deseja controlar. Fala da vitória completa e eterna de Cristo sobre o adversário. Descreve a sua derrota e castigo, primeiro por mil anos e depois para sempre. Fala mais da condenação final do adversário que qualquer outro livro. Não é de admirar, portanto, que o adversário não quer que os homens leiam.
Apocalipse quer dizer desvendar, tirar o véu. Os surdos mudos falam por uma linguagem de sinais. Cada gesto tem uma significação. O mesmo acontece com os sinais do Apocalipse. Há nele centenas de símbolos e cada um tem um significado definido. Os símbolos são maravilhosos e falam grandes verdades.
O livro trata da volta do senhor Jesus a terra. Contém descrições de acontecimentos tremendos na terra e no céu logo antes da sua vinda, durante e depois dela. Cristo é o tema desse livro maravilhoso.
Somos salvos e lavados no seu sangue, a fim de que possamos estar prontos e ansiosos por sua volta. Tudo o que foi iniciado no livro dos começos (Gênesis) é consumado no Apocalipse.
João já idoso estava exilado na ilha de Patmos. Ele fora banido por causa do seu testemunho de Jesus (1.9). Naquela ilha foi obrigado a executar trabalhos pesados nas minas e nas pedreiras. Mas seu Comandante-Chefe apareceu e transmitiu-lhe uma vibrante mensagem da glória final. Aquele a quem João viu era mais que humano. Era o Filho do Homem. COM VESTES TALARES, CABELOS COMO A LÃ, OLHOS COMO CHAMA DE FOGO, PÉS SEMELHANTE AO BRONZE POLIDO, VOZ COMO DE MUITAS ÁGUAS... Quando João viu toda essa glória, caiu a seus pés como morto, tão esmagadora era a visão (Apocalipse 1.11-18). Mas as palavras de Cristo eram tranqüilizadoras.
2Timóteo 3.16 "Toda Escritura divinamente inspirada é proveitosa para ensinar, para redargüir, para corrigir, para instruir em justiça."
2Pedro 1.20,21 "sabendo primeiramente isto: que nenhuma profecia da Escritura é de particular interpretação; porque a profecia nunca foi produzida por vontade de homem algum, mas os homens santos de Deus falaram inspirados pelo Espírito Santo".
Apocalipse 22.21 "A graça de nosso Senhor Jesus Cristo seja com todos vós. Amém!"
Erros, contradições na Bíblia...
.
Concorremos com Winkie Pratney, que, muitos gostam de enfatizar discussões sobre hipotéticos erros da Bíblia. Pois bem, a estas pessoas cujas vidas são uma constante indagação, fizemos o favor de relacionar quais os erros que elas tanto procuram.
A Bíblia está CHEIA de erros...
o primeiro erro foi quando Eva duvidou da Palavra de Deus;
o segundo erro aconteceu quando seu esposo fez o mesmo;
e assim erros e mais erros ainda estão sendo cometidos...
porque as pessoas insistem em duvidar da Palavra de Deus.
A Bíblia está CHEIA de contradições...
Ela contradiz o orgulho e o preconceito;
Ela contradiz a lascívia e a desobediência;
Ela contradiz o seu pecado e o meu.
A Bíblia está CHEIA de falhas...
porque Ela é o relato de pessoas que falharam muitas vezes;
assim foi com a falha de Adão;
com a falha de Caim;
e a de Moisés;
bem como a falha de Davi e a de muitos outros que também falharam.
Mas Ela é também o relato do amor infalível de Deus.
Deus não ESCREVEU a Bíblia...
para pessoas que querem jogar com as palavras;
para aqueles que gostam de examinar o que é bom mas sem fazê-lo;
para o homem que não acredita porque não quer.
O homem moderno DESCARTOU os ensinamentos da Bíblia...
pelas mesmas razões que outros homens tem descartado através da historia;
por grande ignorância a sua verdadeira mensagem e conteúdo;
intransigente apatia em recusar considerar suas declarações;
bem conhecidos pseudo-cientistas posando de críticos honestos;
convicção secreta de que este Livro está certo e de que os homens estão errados.
Somente uma pessoa PRECONCEITUOSA acreditaria que...
os ensinamentos bíblicos são passados e irracionais, sendo princípios arcaicos e sem propósito;
a Bíblia está cheia de discrepância e afirmações inaceitáveis;
Ela só poderia ser trabalho irrelevante e não inspirado de meros homens.
A Bíblia é, afinal, somente mais um LIVRO RELIGIOSO...
para milhares que não se arriscam serem honestos consigo mesmos e com Deus;
para os que tem medo de aceitar o desafio do próprio Deus a um exame honesto;
para os que não querem examina-la a fundo porque Ela diz verdadeiramente como os homens são.
E você pode ENTENDER ou CONFIAR no que a Bíblia diz...
a menos que você esteja disposto a considerar as evidências e encarar face a face o AUTOR!
Conhecendo a Bíblia - 22ª parte
Concorremos com Winkie Pratney, que, muitos gostam de enfatizar discussões sobre hipotéticos erros da Bíblia. Pois bem, a estas pessoas cujas vidas são uma constante indagação, fizemos o favor de relacionar quais os erros que elas tanto procuram.
A Bíblia está CHEIA de erros...
o primeiro erro foi quando Eva duvidou da Palavra de Deus;
o segundo erro aconteceu quando seu esposo fez o mesmo;
e assim erros e mais erros ainda estão sendo cometidos...
porque as pessoas insistem em duvidar da Palavra de Deus.
A Bíblia está CHEIA de contradições...
Ela contradiz o orgulho e o preconceito;
Ela contradiz a lascívia e a desobediência;
Ela contradiz o seu pecado e o meu.
A Bíblia está CHEIA de falhas...
porque Ela é o relato de pessoas que falharam muitas vezes;
assim foi com a falha de Adão;
com a falha de Caim;
e a de Moisés;
bem como a falha de Davi e a de muitos outros que também falharam.
Mas Ela é também o relato do amor infalível de Deus.
Deus não ESCREVEU a Bíblia...
para pessoas que querem jogar com as palavras;
para aqueles que gostam de examinar o que é bom mas sem fazê-lo;
para o homem que não acredita porque não quer.
O homem moderno DESCARTOU os ensinamentos da Bíblia...
pelas mesmas razões que outros homens tem descartado através da historia;
por grande ignorância a sua verdadeira mensagem e conteúdo;
intransigente apatia em recusar considerar suas declarações;
bem conhecidos pseudo-cientistas posando de críticos honestos;
convicção secreta de que este Livro está certo e de que os homens estão errados.
Somente uma pessoa PRECONCEITUOSA acreditaria que...
os ensinamentos bíblicos são passados e irracionais, sendo princípios arcaicos e sem propósito;
a Bíblia está cheia de discrepância e afirmações inaceitáveis;
Ela só poderia ser trabalho irrelevante e não inspirado de meros homens.
A Bíblia é, afinal, somente mais um LIVRO RELIGIOSO...
para milhares que não se arriscam serem honestos consigo mesmos e com Deus;
para os que tem medo de aceitar o desafio do próprio Deus a um exame honesto;
para os que não querem examina-la a fundo porque Ela diz verdadeiramente como os homens são.
E você pode ENTENDER ou CONFIAR no que a Bíblia diz...
a menos que você esteja disposto a considerar as evidências e encarar face a face o AUTOR!
Conhecendo a Bíblia - 22ª parte
...
ISAÍAS
O Evangelho no Velho Testamento
O primeiro versículo deste livro coloca Isaías, o filho de Amoz, como o seu autor, entre 700 – 680 aC. O nome “Isaías” significa “O SENHOR é salvação”. A visão e a profecia são reivindicadas quatro vezes por Isaías; seu nome é mencionado mais doze vezes no livro. Seu nome também aparece doze vezes em 2Reis e quatro vezes em 2Crônicas.
O Livro de Isaías é citado por dezenas de vezes no Novo Testamento, sendo atribuído em cada caso ao profeta Isaías. Vários argumentos favorecem a autoria do profeta, termos que identificam idéias e temas de especial importância para servirem de referência estão igualmente distribuídos através de todo o livro, referências à paisagem e as cores locais são uniformes. A beleza de estilo superior na poesia hebraica nos últimos capítulos pode ser explicada pela mudança de assunto, de julgamento e súplica para consolo e segurança.
O profeta coloca que ele profetizou durante os reinados de “Uzias, Jotão, Acaz e Ezequias, reis de Judá” (1.1). Alguns aceitam que o seu chamado para o ofício profético tenha sido feito no ano que o rei Uzias morreu, que foi em cerca de 740 aC (6.1,8). Entretanto, é provável que ele tenha começado durante a última década do reinado de Uzias. Por Isaías mencionar a morte do rei da Assíria, Senaqueribe, que morreu em cerca de 680 aC (37.37,38), ele deve ter sobrevivido a Ezequias por alguns anos. A tradição diz que Isaías foi martirizado durante o reinado de Manassés, filho de Ezequias. Muitos acreditam que a forma “serrados” em Hebreus 11.37 é uma referência à morte de Isaías. A primeira parte do livro pode ter sido escrita nos primeiros anos de Isaías, e foca capítulos posteriores, após a sua retirada da vida pública.
Se Isaías começa profetizando em cerca de 750 aC, o seu ministério pode ter se sobreposto aos ministérios de Amós e Oséias em Israel, bem como o de Miquéias em Judá.
Isaias profetizou no período mais crucial da história de Judá e Israel. Ambos os reinos do Norte e do Sul haviam experimentado cerca de meio século de poder e prosperidade crescentes. Israel, governado por Jeroboão e outros seis reis de menor importância, tinha sucumbido ao culto pagão; Judá, sob Uzias, Jotão e Ezequias, manteve uma conformidade exterior à ortodoxia, mas, gradualmente, caiu num sério declínio moral e espiritual (3.8-26). Lugares secretos de culto pagãos eram tolerados; o rico oprimia o pobre; as mulheres negligenciavam suas famílias na busca do prazer carnal; muitos dos sacerdotes e profetas tornaram-se bêbados que queriam agradar os homens (5.7-12,18-23; 22.12-14).
Embora estivesse para vir mais um avivamento a Judá sob o rei Josias (640-609 aC), estava claro para Isaías que a aliança registrada por Moisés em Deuteronômio 30.11-20 havia sido tão inteiramente violada, que o cativeiro e o julgamento eram inevitáveis para Judá, assim como o era para Israel.
Isaías entrou em seu ministério aproximadamente na época da fundação de Roma e dos primeiros Jogos Olímpicos dos gregos. As forças européias ainda não estavam preparadas para grandes conquistas, mas diversas potências asiáticas estavam olhando para além de suas fronteiras. A Assíria, particularmente, estava inclinada a conquistas ao sul e ao oeste. O profeta, que era um estudioso dos assuntos mundiais, podia ver que o conflito era iminente. A Assíria conquistou Samaria em 721 aC.
Depois de sua ressurreição, Jesus caminhava com dois de seus discípulos e “... explicava-lhes o que dEle se achava em todas as Escrituras” (Lucas 24.27). Para fazer isso, Jesus deve ter extraído muita coisa do Livro de Isaías, porque dezessete capítulos contém referências proféticas a Cristo.
Cristo é citado como o “Senhor, Renovo do Senhor, Emanuel, Maravilhoso Conselheiro, Deus Forte, Pai da Eternidade, Príncipe da Paz, Raiz de Jessé, Pedra Angular, Rei, Pastor, Servo do SENHOR, Eleito, Cordeiro de Deus, Líder e Comandante, Redentor e Ungido”.
O cap. 53 é o grande capítulo do Antigo Testamento que profetiza a obra expiatória do Messias. Nenhum texto em ambos os testamentos expõe de um modo tão completo o propósito da morte vicária de Cristo na cruz. Ele é citado diretamente por escritores do Novo Testamento: 52.15 (Romanos 15.21); 53.1 (João 12.38; Romanos 10.16); 53.4 (Mateus 8.17); 53.5 (Romanos 4.25; 1Pedro 2.24); 53.7-8 (Atos 8.32-33); 53.9 (1Pedro 2.22); 53.10 (1Coríntios 15.3-4); 53.12 (Lucas 22.37).
Também existem muitos cumprimentos de detalhes no cap. 53 em adição às citações diretas.
O Espírito Santo é mencionado especificamente quinze vezes, sem contar as referências ao poder, efeito ou influência do Espírito que não citam seu nome. Há três categorias gerais sob as quais a obra do Espírito Santo pode ser descrita:
A unção do Espírito sobre o Messias para fortalecê-lo, para seu domínio e governo como Rei no trono de Davi (11.1-12); como o Servo sofredor do Senhor, que irá fazer cura, libertação, iluminação e justiça às nações (42.1-9); como o Ungido (Messias) em seus dois adventos (61.1-3; Lucas 4.17-21).
O derramamento do Espírito sobre Israel para lhes dar triunfo em sua reabilitação conforme o padrão do Êxodo (44.1-5; 63.1-5), para protegê-los de seus inimigos 59.19) e para preservar Israel em relacionamento de concerto com o SENHOR (59.21).
Entretanto, Israel deve ser cuidadoso para não se rebelar e contristar o Espírito Santo (63.10; Efésios 4.30).
A operação do Espírito Santo na criação e na preservação da natureza (40.30; ver também 48.16).
O Senhor Jesus, que teve seu ministério terreno realizado no poder e unção do Espírito Santo, como Isaías havia profetizado, prometeu derramar seu Espírito sobre a Igreja, para fortalecê-la para o ministério no cumprimento da Grande Comissão.
Isaías - O Profeta do Messias
O cumprimento de profecia é uma das provas mais fortes de que a Bíblia é inspirada por Deus e que Jesus é o Cristo, o Filho de Deus. O Novo Testamento cita e aplica mais textos do livro de Isaías do que de qualquer outro profeta do Antigo Testamento. De fato, Isaías é muitas vezes referido como o "profeta messiânico", por causa das muitas profecias dele que se cumprem especificamente em Cristo. E ele escreveu essas profecias mais de 700 anos antes do nascimento de Jesus.
O propósito eterno de Deus foi descrito como um "mistério" até o momento que se revelou plenamente (Colossenses 1.26-27). Não era um "mistério" no sentido de ser desconhecido por Deus, pois ele decidiu que o seu projeto de redenção residisse em Cristo "antes da fundação do mundo" (Efésios 1.4). Mas era um "mistério" simplesmente porque os homens procuravam "Indagando que tempo ou que ocasião de tempo o Espírito de Cristo, que estava neles, indicava, anteriormente testificando os sofrimentos que a Cristo haviam de vir, e a glória que se lhes havia de seguir." (1Pedro 1.11).
Quando os profetas falavam do Messias vindouro, faziam muitas predições específicas que mostravam que a mensagem deles era da parte de Deus, não do homem. E, o cumprimento das profecias, maravilha-nos da veracidade que Jesus é o Cristo:
Mateus 1.18-23 contempla 7.14 "... uma virgem conceberá, e dará à luz um filho, e será o seu nome Emanuel";
Mateus 11.5 contempla 35.5,6 "... os olhos dos cegos serão abertos...";
1Pedro 2.24-25 contempla 53.5,6 "... pelas suas pisaduras, fomos sarados.";
Mateus 27.57-60 contempla 53.9 "E puseram a sua sepultura com os ímpios e com o rico, na sua morte...";
Marcos 15.27 contempla 53.12 "... foi contado com os transgressores...";
Lucas 24 contempla 25.8 "Aniquilará a morte para sempre...";
Mateus 27.50 contempla 53.4,5 "... o castigo que nos traz a paz estava sobre ele...".
Ao longo dos séculos, os judeus que rejeitaram a Jesus não procuraram um salvador sofredor, mas Isaías claramente descreve um Messias que seria sacrificado pelos nossos pecados. Ao lermos Isaías 53, devemos ser levados a chorar de gratidão por compreendermos melhor o amor de Deus manifesto no dom de seu Filho.
Isaías profetizou dizendo que "... a sua aparência estava tão desfigurada, mais do que o de outro qualquer..." (Isaías 52:14). Quando refletimos em algumas das atrocidades das guerras em nossos dias, essa declaração pode parecer questionável à primeira vista. Mas, quando nos recordamos de sua vida na terra do começo ao fim, não pomos em dúvida que as infâmias sofridas pelo Filho de Deus ultrapassaram o que qualquer outro homem jamais sofreu.
"... não tinha parecer nem formosura..." (Isaías 53:2). Isso não trata simplesmente de seu aspecto físico, pois o Novo Testamento não nos diz nada a esse respeito. Mas Jesus abandonou a glória que tinha junto ao Pai por uma vida sem nada do que normalmente atrai as pessoas a seguir alguém, como riquezas e notoriedade política.
"... Pode vir alguma coisa boa de Nazaré?..." (João 1:46).
"Era desprezado e o mais indigno entre os homens..." (Isaías 53:3).
Nem mesmo o seu próprio povo o recebeu (João 1:11).
A cruz não foi a primeira tentativa para matá-lo. As autoridades judaicas tentaram várias vezes, mas não poderiam matá-lo até que sua hora chegasse (João 12:23-28). Era "... homem de dores..." (Isaías 53:3-4). Ele chorou por causa de Jerusalém, que escondeu assim seu rosto dele. Na noite em que foi traído, ele disse como sua alma era "cheia de tristeza até à morte..." (Mateus 26:36-41). "Da opressão e do juízo foi tirado..." (Isaías 53:8). Buscaram falsas testemunhas; três vezes Pilatos declarou sua inocência; e mesmo o ladrão na cruz disse: "Este nenhum mal fez".
Conhecendo a Bíblia - 19ª parte
ISAÍAS
O Evangelho no Velho Testamento
O primeiro versículo deste livro coloca Isaías, o filho de Amoz, como o seu autor, entre 700 – 680 aC. O nome “Isaías” significa “O SENHOR é salvação”. A visão e a profecia são reivindicadas quatro vezes por Isaías; seu nome é mencionado mais doze vezes no livro. Seu nome também aparece doze vezes em 2Reis e quatro vezes em 2Crônicas.
O Livro de Isaías é citado por dezenas de vezes no Novo Testamento, sendo atribuído em cada caso ao profeta Isaías. Vários argumentos favorecem a autoria do profeta, termos que identificam idéias e temas de especial importância para servirem de referência estão igualmente distribuídos através de todo o livro, referências à paisagem e as cores locais são uniformes. A beleza de estilo superior na poesia hebraica nos últimos capítulos pode ser explicada pela mudança de assunto, de julgamento e súplica para consolo e segurança.
O profeta coloca que ele profetizou durante os reinados de “Uzias, Jotão, Acaz e Ezequias, reis de Judá” (1.1). Alguns aceitam que o seu chamado para o ofício profético tenha sido feito no ano que o rei Uzias morreu, que foi em cerca de 740 aC (6.1,8). Entretanto, é provável que ele tenha começado durante a última década do reinado de Uzias. Por Isaías mencionar a morte do rei da Assíria, Senaqueribe, que morreu em cerca de 680 aC (37.37,38), ele deve ter sobrevivido a Ezequias por alguns anos. A tradição diz que Isaías foi martirizado durante o reinado de Manassés, filho de Ezequias. Muitos acreditam que a forma “serrados” em Hebreus 11.37 é uma referência à morte de Isaías. A primeira parte do livro pode ter sido escrita nos primeiros anos de Isaías, e foca capítulos posteriores, após a sua retirada da vida pública.
Se Isaías começa profetizando em cerca de 750 aC, o seu ministério pode ter se sobreposto aos ministérios de Amós e Oséias em Israel, bem como o de Miquéias em Judá.
Isaias profetizou no período mais crucial da história de Judá e Israel. Ambos os reinos do Norte e do Sul haviam experimentado cerca de meio século de poder e prosperidade crescentes. Israel, governado por Jeroboão e outros seis reis de menor importância, tinha sucumbido ao culto pagão; Judá, sob Uzias, Jotão e Ezequias, manteve uma conformidade exterior à ortodoxia, mas, gradualmente, caiu num sério declínio moral e espiritual (3.8-26). Lugares secretos de culto pagãos eram tolerados; o rico oprimia o pobre; as mulheres negligenciavam suas famílias na busca do prazer carnal; muitos dos sacerdotes e profetas tornaram-se bêbados que queriam agradar os homens (5.7-12,18-23; 22.12-14).
Embora estivesse para vir mais um avivamento a Judá sob o rei Josias (640-609 aC), estava claro para Isaías que a aliança registrada por Moisés em Deuteronômio 30.11-20 havia sido tão inteiramente violada, que o cativeiro e o julgamento eram inevitáveis para Judá, assim como o era para Israel.
Isaías entrou em seu ministério aproximadamente na época da fundação de Roma e dos primeiros Jogos Olímpicos dos gregos. As forças européias ainda não estavam preparadas para grandes conquistas, mas diversas potências asiáticas estavam olhando para além de suas fronteiras. A Assíria, particularmente, estava inclinada a conquistas ao sul e ao oeste. O profeta, que era um estudioso dos assuntos mundiais, podia ver que o conflito era iminente. A Assíria conquistou Samaria em 721 aC.
Depois de sua ressurreição, Jesus caminhava com dois de seus discípulos e “... explicava-lhes o que dEle se achava em todas as Escrituras” (Lucas 24.27). Para fazer isso, Jesus deve ter extraído muita coisa do Livro de Isaías, porque dezessete capítulos contém referências proféticas a Cristo.
Cristo é citado como o “Senhor, Renovo do Senhor, Emanuel, Maravilhoso Conselheiro, Deus Forte, Pai da Eternidade, Príncipe da Paz, Raiz de Jessé, Pedra Angular, Rei, Pastor, Servo do SENHOR, Eleito, Cordeiro de Deus, Líder e Comandante, Redentor e Ungido”.
O cap. 53 é o grande capítulo do Antigo Testamento que profetiza a obra expiatória do Messias. Nenhum texto em ambos os testamentos expõe de um modo tão completo o propósito da morte vicária de Cristo na cruz. Ele é citado diretamente por escritores do Novo Testamento: 52.15 (Romanos 15.21); 53.1 (João 12.38; Romanos 10.16); 53.4 (Mateus 8.17); 53.5 (Romanos 4.25; 1Pedro 2.24); 53.7-8 (Atos 8.32-33); 53.9 (1Pedro 2.22); 53.10 (1Coríntios 15.3-4); 53.12 (Lucas 22.37).
Também existem muitos cumprimentos de detalhes no cap. 53 em adição às citações diretas.
O Espírito Santo é mencionado especificamente quinze vezes, sem contar as referências ao poder, efeito ou influência do Espírito que não citam seu nome. Há três categorias gerais sob as quais a obra do Espírito Santo pode ser descrita:
A unção do Espírito sobre o Messias para fortalecê-lo, para seu domínio e governo como Rei no trono de Davi (11.1-12); como o Servo sofredor do Senhor, que irá fazer cura, libertação, iluminação e justiça às nações (42.1-9); como o Ungido (Messias) em seus dois adventos (61.1-3; Lucas 4.17-21).
O derramamento do Espírito sobre Israel para lhes dar triunfo em sua reabilitação conforme o padrão do Êxodo (44.1-5; 63.1-5), para protegê-los de seus inimigos 59.19) e para preservar Israel em relacionamento de concerto com o SENHOR (59.21).
Entretanto, Israel deve ser cuidadoso para não se rebelar e contristar o Espírito Santo (63.10; Efésios 4.30).
A operação do Espírito Santo na criação e na preservação da natureza (40.30; ver também 48.16).
O Senhor Jesus, que teve seu ministério terreno realizado no poder e unção do Espírito Santo, como Isaías havia profetizado, prometeu derramar seu Espírito sobre a Igreja, para fortalecê-la para o ministério no cumprimento da Grande Comissão.
Isaías - O Profeta do Messias
O cumprimento de profecia é uma das provas mais fortes de que a Bíblia é inspirada por Deus e que Jesus é o Cristo, o Filho de Deus. O Novo Testamento cita e aplica mais textos do livro de Isaías do que de qualquer outro profeta do Antigo Testamento. De fato, Isaías é muitas vezes referido como o "profeta messiânico", por causa das muitas profecias dele que se cumprem especificamente em Cristo. E ele escreveu essas profecias mais de 700 anos antes do nascimento de Jesus.
O propósito eterno de Deus foi descrito como um "mistério" até o momento que se revelou plenamente (Colossenses 1.26-27). Não era um "mistério" no sentido de ser desconhecido por Deus, pois ele decidiu que o seu projeto de redenção residisse em Cristo "antes da fundação do mundo" (Efésios 1.4). Mas era um "mistério" simplesmente porque os homens procuravam "Indagando que tempo ou que ocasião de tempo o Espírito de Cristo, que estava neles, indicava, anteriormente testificando os sofrimentos que a Cristo haviam de vir, e a glória que se lhes havia de seguir." (1Pedro 1.11).
Quando os profetas falavam do Messias vindouro, faziam muitas predições específicas que mostravam que a mensagem deles era da parte de Deus, não do homem. E, o cumprimento das profecias, maravilha-nos da veracidade que Jesus é o Cristo:
Mateus 1.18-23 contempla 7.14 "... uma virgem conceberá, e dará à luz um filho, e será o seu nome Emanuel";
Mateus 11.5 contempla 35.5,6 "... os olhos dos cegos serão abertos...";
1Pedro 2.24-25 contempla 53.5,6 "... pelas suas pisaduras, fomos sarados.";
Mateus 27.57-60 contempla 53.9 "E puseram a sua sepultura com os ímpios e com o rico, na sua morte...";
Marcos 15.27 contempla 53.12 "... foi contado com os transgressores...";
Lucas 24 contempla 25.8 "Aniquilará a morte para sempre...";
Mateus 27.50 contempla 53.4,5 "... o castigo que nos traz a paz estava sobre ele...".
Ao longo dos séculos, os judeus que rejeitaram a Jesus não procuraram um salvador sofredor, mas Isaías claramente descreve um Messias que seria sacrificado pelos nossos pecados. Ao lermos Isaías 53, devemos ser levados a chorar de gratidão por compreendermos melhor o amor de Deus manifesto no dom de seu Filho.
Isaías profetizou dizendo que "... a sua aparência estava tão desfigurada, mais do que o de outro qualquer..." (Isaías 52:14). Quando refletimos em algumas das atrocidades das guerras em nossos dias, essa declaração pode parecer questionável à primeira vista. Mas, quando nos recordamos de sua vida na terra do começo ao fim, não pomos em dúvida que as infâmias sofridas pelo Filho de Deus ultrapassaram o que qualquer outro homem jamais sofreu.
"... não tinha parecer nem formosura..." (Isaías 53:2). Isso não trata simplesmente de seu aspecto físico, pois o Novo Testamento não nos diz nada a esse respeito. Mas Jesus abandonou a glória que tinha junto ao Pai por uma vida sem nada do que normalmente atrai as pessoas a seguir alguém, como riquezas e notoriedade política.
"... Pode vir alguma coisa boa de Nazaré?..." (João 1:46).
"Era desprezado e o mais indigno entre os homens..." (Isaías 53:3).
Nem mesmo o seu próprio povo o recebeu (João 1:11).
A cruz não foi a primeira tentativa para matá-lo. As autoridades judaicas tentaram várias vezes, mas não poderiam matá-lo até que sua hora chegasse (João 12:23-28). Era "... homem de dores..." (Isaías 53:3-4). Ele chorou por causa de Jerusalém, que escondeu assim seu rosto dele. Na noite em que foi traído, ele disse como sua alma era "cheia de tristeza até à morte..." (Mateus 26:36-41). "Da opressão e do juízo foi tirado..." (Isaías 53:8). Buscaram falsas testemunhas; três vezes Pilatos declarou sua inocência; e mesmo o ladrão na cruz disse: "Este nenhum mal fez".
Conhecendo a Bíblia - 19ª parte
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O LIVRO DOS SALMOS
O Livro de Salmos é uma compilação de diversas coleções antigas de cânticos e poesias próprias para o uso tanto no culto congregacional quanto para a devoção particular. Em algumas coleções, os compiladores antigos reuniram a maior parte dos maravilhosos cânticos de Davi. Em outras, eles coletaram salmos de uma variedade de autores, como Moisés, Asafe, Hemã, os filhos de Corá, Salomão, Etã e Jedutum. Muitos são de fonte desconhecida. Os estudiosos judeus os chamam de “salmos órfãos”.
O Salmos, considerados individualmente, podem ter sido escritos em datas que vão desde o êxodo até a restauração depois do exílio babilônico. Mas as coleções menores parecem haver sido reunidas em períodos específicos da história de Israel: o reinado do rei Davi (1Crônicas 23.5); o governo de Ezequias (2Crônicas 29.30); e durante a liderança de Esdras e Neemias (Neemias 12.24). Esse processo de compilação ajuda a explicar a duplicação de alguns salmos. Por exemplo 14 é similar ao 53.
O Livro dos Salmos foi editado em sua forma atual, embora com diversas variações, na época em que a Septuaginta Grega foi traduzida do hebraico, alguns séculos antes do advento de Cristo.
Os texto Ugaríticos, quando contrastados com os recentes escritos do mar Morto, mostram que as imagens, o estilo e o paralelismo de alguns salmos refletem um vocabulário e estilo cananeus muito antigos. Assim, o Livro dos Salmos reflete o culto, a vida devocional e o sentimento religioso de cerca de mil anos da história de Israel.
O título hebraico deste livro, Sepher Tehillim, significa “Livro de Louvores”. Os títulos gregos, Psalmoi ou Psalterion, denotam um poema que deve ser acompanhado por um instrumento de cordas. Entretanto, o Saltério contém mais do que cânticos para o templo e hinos de louvor. Ele inclui elegias, lamentações, orações pessoais e patrióticas, petições, meditações, instruções e tributos em acrósticos sobre temas nobres.
Em sua forma final no cânon das Escrituras, o Livro dos Salmos é subdividido em cinco livros menores. Cada livro é uma compilação de diversas coleções antigas de cânticos e poemas. Uma doxologia apropriada foi colocada pelos editores no final de cada livro:
Livro I (Salmos 1-41), a maioria dos cânticos é atribuída a Davi;
Livro II (Salmos 42-72) é uma coleção de cânticos por, de, ou para os filhos de Corá, Asafe, Davi e Salomão; nessa coleção, quatro escritos permanecem anônimos;
Livro III (Salmos 73-89) é marcado por uma grande coleção de cânticos de Asafe. Asafe foi o chefe dos cantores do rei Davi (1Crônicas 16.4-7);
Livro IV (Salmos 90-106), embora a maioria dos salmos não tenha os seus autores citados, Moisés, Davi e Salomão também colaboraram;
Livro V (Salmos 107-150) registra-se vários cânticos de Davi, também está neste Livro V, à série de cânticos chamada de Hallel Egípcio (Salmos 113-118). Os cânticos finais nesse livro (Salmos 146-150) são conhecidos como o “Grande Hallel”. Cada cântico começa e termina com a exclamação hebraica de louvor, “Hallelujah!”.
Doxologia, expressão de louvor a Deus, no Novo Testamento emprega-se “bendito” (Mateus 21.9; Romanos 9.5; 2Coríntios 1.3; Efésios 1.3; 1Pedro 1.3) e “glória” (Lucas 2.14; Romanos 11.36; 1Timóteo 1.17; 1Pedro 4.11; Apocalipse 7.12).
Títulos informativos são encontrados no começo de muitos dos salmos. A preposição hebraica usada em muitos títulos pode ser traduzida de três maneiras: “a”,”para”, e “de”. Ou seja, “dedicado a”, “para o uso de” e “pertecente a”. Todos os títulos que descrevem a situação histórica do salmo tratam da vida de Davi. Os salmos 7, 34, 52, 54, 56, 57, 59 e 142 referem-se aos eventos ocorridos durante o problemático relacionamento de Davi com Saul; os Salmos 3, 18, 51, 60 e 63 cobrem o período em que Davi reinou sobre Judá e Israel.
Outros títulos precedentes aos salmos referem-se aos instrumentos usados no acompanhamento; à melodia ou música apropriada; que parte do coral deve guiar (por exemplo, soprano, tenor, baixo); ou que tipo de salmo é (por exemplo: meditação, oração). Alguns dos significados destas anotações musicais e litúrgicas são hoje desconhecidos.
Poesia Hebraica. Em lugar de rima de sons, a poesia e o cântico hebraicos são marcados pelo paralelismo, ou rima de idéias. A maioria do paralelismo é dística que expressam pensamentos sinônimos em cada linha (36.5). Outros são antíteses, em que a segunda linha expressa à negativa da linha precedente (20.8). Também há dísticos construtivos ou sintéticos, os quais tendem a adicionar ou a fortalecer um pensamento (19.8,9). Alguns poucos paralelismos são causais, apresentando a justificativa da primeira linha (31.21). Às vezes, o paralelismo envolve três linhas (1.1), quatro (33.2,3) ou mais linhas.
O Livro dos Salmos e os princípios de culto que eles refletem atendem à alma do homem e ao coração de Deus, pois é produto da obra do Espírito Santo. Davi, o principal colaborador do Livro dos Salmos, foi ungido pelo Espírito Santo (1Samuel 16.13). Essa unção não foi apenas pra o reinado, mas para o oficio de profeta (Atos 2.30); e as suas afirmações proféticas foram feitas pelo poder do Espírito Santo (Lucas 24.44; Atos 1.16). Na verdade, as letras desses cânticos foram compostas por inspiração do Espírito Santo (2Samuel 23.1,2), como também os planos de escolher maestros e corais com orquestras de acompanhamentos (1Crônicas 28.12,13).
Portanto, os Salmos são únicos e imensamente diferentes das obras de compositores seculares. Ambas podem refletir a profundidade da agonia experimenta pelo espírito humano atormentado, com toda a sua comoção, e expressar a alegria extasiante da alma libertada, mas apenas os Salmos chegam a um plano superior através da unção criativa do Espírito Santo.
Relatos específicos mostram que o Espírito Santo opera criando vida (104.30); que acompanha fielmente os crentes (139.7); que guia e instrui (143.10); que sustem o penitente (51.11-12).
Conhecendo a Bíblia - 18ª parte
O LIVRO DOS SALMOS
O Livro de Salmos é uma compilação de diversas coleções antigas de cânticos e poesias próprias para o uso tanto no culto congregacional quanto para a devoção particular. Em algumas coleções, os compiladores antigos reuniram a maior parte dos maravilhosos cânticos de Davi. Em outras, eles coletaram salmos de uma variedade de autores, como Moisés, Asafe, Hemã, os filhos de Corá, Salomão, Etã e Jedutum. Muitos são de fonte desconhecida. Os estudiosos judeus os chamam de “salmos órfãos”.
O Salmos, considerados individualmente, podem ter sido escritos em datas que vão desde o êxodo até a restauração depois do exílio babilônico. Mas as coleções menores parecem haver sido reunidas em períodos específicos da história de Israel: o reinado do rei Davi (1Crônicas 23.5); o governo de Ezequias (2Crônicas 29.30); e durante a liderança de Esdras e Neemias (Neemias 12.24). Esse processo de compilação ajuda a explicar a duplicação de alguns salmos. Por exemplo 14 é similar ao 53.
O Livro dos Salmos foi editado em sua forma atual, embora com diversas variações, na época em que a Septuaginta Grega foi traduzida do hebraico, alguns séculos antes do advento de Cristo.
Os texto Ugaríticos, quando contrastados com os recentes escritos do mar Morto, mostram que as imagens, o estilo e o paralelismo de alguns salmos refletem um vocabulário e estilo cananeus muito antigos. Assim, o Livro dos Salmos reflete o culto, a vida devocional e o sentimento religioso de cerca de mil anos da história de Israel.
O título hebraico deste livro, Sepher Tehillim, significa “Livro de Louvores”. Os títulos gregos, Psalmoi ou Psalterion, denotam um poema que deve ser acompanhado por um instrumento de cordas. Entretanto, o Saltério contém mais do que cânticos para o templo e hinos de louvor. Ele inclui elegias, lamentações, orações pessoais e patrióticas, petições, meditações, instruções e tributos em acrósticos sobre temas nobres.
Em sua forma final no cânon das Escrituras, o Livro dos Salmos é subdividido em cinco livros menores. Cada livro é uma compilação de diversas coleções antigas de cânticos e poemas. Uma doxologia apropriada foi colocada pelos editores no final de cada livro:
Livro I (Salmos 1-41), a maioria dos cânticos é atribuída a Davi;
Livro II (Salmos 42-72) é uma coleção de cânticos por, de, ou para os filhos de Corá, Asafe, Davi e Salomão; nessa coleção, quatro escritos permanecem anônimos;
Livro III (Salmos 73-89) é marcado por uma grande coleção de cânticos de Asafe. Asafe foi o chefe dos cantores do rei Davi (1Crônicas 16.4-7);
Livro IV (Salmos 90-106), embora a maioria dos salmos não tenha os seus autores citados, Moisés, Davi e Salomão também colaboraram;
Livro V (Salmos 107-150) registra-se vários cânticos de Davi, também está neste Livro V, à série de cânticos chamada de Hallel Egípcio (Salmos 113-118). Os cânticos finais nesse livro (Salmos 146-150) são conhecidos como o “Grande Hallel”. Cada cântico começa e termina com a exclamação hebraica de louvor, “Hallelujah!”.
Doxologia, expressão de louvor a Deus, no Novo Testamento emprega-se “bendito” (Mateus 21.9; Romanos 9.5; 2Coríntios 1.3; Efésios 1.3; 1Pedro 1.3) e “glória” (Lucas 2.14; Romanos 11.36; 1Timóteo 1.17; 1Pedro 4.11; Apocalipse 7.12).
Títulos informativos são encontrados no começo de muitos dos salmos. A preposição hebraica usada em muitos títulos pode ser traduzida de três maneiras: “a”,”para”, e “de”. Ou seja, “dedicado a”, “para o uso de” e “pertecente a”. Todos os títulos que descrevem a situação histórica do salmo tratam da vida de Davi. Os salmos 7, 34, 52, 54, 56, 57, 59 e 142 referem-se aos eventos ocorridos durante o problemático relacionamento de Davi com Saul; os Salmos 3, 18, 51, 60 e 63 cobrem o período em que Davi reinou sobre Judá e Israel.
Outros títulos precedentes aos salmos referem-se aos instrumentos usados no acompanhamento; à melodia ou música apropriada; que parte do coral deve guiar (por exemplo, soprano, tenor, baixo); ou que tipo de salmo é (por exemplo: meditação, oração). Alguns dos significados destas anotações musicais e litúrgicas são hoje desconhecidos.
Poesia Hebraica. Em lugar de rima de sons, a poesia e o cântico hebraicos são marcados pelo paralelismo, ou rima de idéias. A maioria do paralelismo é dística que expressam pensamentos sinônimos em cada linha (36.5). Outros são antíteses, em que a segunda linha expressa à negativa da linha precedente (20.8). Também há dísticos construtivos ou sintéticos, os quais tendem a adicionar ou a fortalecer um pensamento (19.8,9). Alguns poucos paralelismos são causais, apresentando a justificativa da primeira linha (31.21). Às vezes, o paralelismo envolve três linhas (1.1), quatro (33.2,3) ou mais linhas.
O Livro dos Salmos e os princípios de culto que eles refletem atendem à alma do homem e ao coração de Deus, pois é produto da obra do Espírito Santo. Davi, o principal colaborador do Livro dos Salmos, foi ungido pelo Espírito Santo (1Samuel 16.13). Essa unção não foi apenas pra o reinado, mas para o oficio de profeta (Atos 2.30); e as suas afirmações proféticas foram feitas pelo poder do Espírito Santo (Lucas 24.44; Atos 1.16). Na verdade, as letras desses cânticos foram compostas por inspiração do Espírito Santo (2Samuel 23.1,2), como também os planos de escolher maestros e corais com orquestras de acompanhamentos (1Crônicas 28.12,13).
Portanto, os Salmos são únicos e imensamente diferentes das obras de compositores seculares. Ambas podem refletir a profundidade da agonia experimenta pelo espírito humano atormentado, com toda a sua comoção, e expressar a alegria extasiante da alma libertada, mas apenas os Salmos chegam a um plano superior através da unção criativa do Espírito Santo.
Relatos específicos mostram que o Espírito Santo opera criando vida (104.30); que acompanha fielmente os crentes (139.7); que guia e instrui (143.10); que sustem o penitente (51.11-12).
Conhecendo a Bíblia - 18ª parte
O LIVRO DE JÓ
A autoria de Jó é incerta. Alguns eruditos atribuem o livro a Moisés. Outros atribuem a um dos antigos sábios, cujos escritos podem se encontrados em Provérbios ou Eclesiastes. Talvez o próprio Salomão tenha sido seu autor.
Os procedimentos, os costumes e o estilo de vida geral do livro de Jó são do período patriarcal (por volta de 2000 aC). Apesar dos estudiosos não concordarem quanto à época em que foi compilado, este texto é obviamente o registro de uma tradição oral muito antiga.
A própria Escritura atesta que Jó foi uma pessoa real. Ele é citado em Ezequiel 14.14 e Tiago 5.11. Acredita-se que era descendente de Naor, irmão de Abraão. Conhecia Deus pelo nome de “Shaddai” - o Todo Poderoso. Há 30 referências a Shaddai no Livro de Jó. Ele era um homem rico e levava um estilo de vida seminômade.
O Livro de Jó tem sido chamado de “poema dramático de uma história épica”. Os caps 1-2 são um prólogo que descreve o cenário da história. Satanás apresenta-se ao Senhor, junto com os filhos de Deus, e desafia a piedade de Jó, dizendo: “Porventura, teme Jó a Deus debalde?” (1.9). Vai mais longe e sugere que se Jó perdesse tudo o que possuía, amaldiçoaria a Deus. Deus dá licença a satanás para provar a fé que tinha Jó, privando-o de sua riqueza, da sua família e, finalmente, da sua saúde. Mesmo assim, “em tudo isto não pecou Jó com os seus lábios” (2.10). Jó, então, é visitado por três amigos: Elifaz, o temanita, Bildade, o suíta e Zofar, o naamatita, que ficam impressionados pela deplorável condição de Jó que permanecem sentados com Jó durante sete dias sem dizer uma só palavra.
A maior parte do livro é composta por três diálogos entre Jó e Zofar, seguidos pelo desafio de Eliú a Jó. Os quatro homens tentam responder a pergunta: “Por que sofre Jó?”
Elifaz, argumentando a partir da sua experiência, declara que Jó sofre porque pecou. Argumenta que aqueles que pecam são punidos. Como Jó está sofrendo, obviamente pecou.
Bildade, sustentando sua autoridade na tradição, sugere que Jó é um hipócrita. Também faz a inferência de que se os problemas vieram, então Jó deve ter pecado. “Se fores puro e reto, certamente, logo despertará por ti” (8.6).
Zofar condena Jó por verbosidade, presunção, e pecaminosidade, concluindo que Jó está recebendo menos do que merece: “Pelo que sabe Deus exige de ti menos do que merece a tua iniqüidade” (11.6).
Os três homens chegam basicamente à mesma conclusão: o sofrimento é conseqüência direta do pecado, e a iniqüidade é sempre punida. Argumentam que é possível avaliar o favor ou desfavor de Deus a alguém pela prosperidade ou adversidade material. Assumem erroneamente que o povo pode compreender os caminhos de Deus sem levar em conta o fato de que as bênçãos e a retribuição divina podem ir além da vida presente.
Na sua resposta aos seus amigos, Jó reafirma a sua inocência, dizendo que a experiência prova que tanto o justo como o injusto sofrem, e ambos desfrutam momentos de prosperidade. Lamenta o seu estado deplorável e as suas tremendas perdas, expressando a sua tristeza em relação a eles por acusarem-no em lugar de trazer-lhe consolo.
Depois que os três amigos terminam, um jovem, chamado Eliú, confronta-se com Jó, que prefere não responder suas acusações. O argumento de Eliú pode ser resumido desta maneira: Deus é maior do que qualquer ser humano, isso significa que nenhuma pessoa tenha o direito ou autoridade de exigir uma explicação dele. Argumenta que o ser humano não consegue entender algumas coisas que Deus faz. Ao mesmo tempo, Eliú sugere que Deus irá falar se ouvirmos. A sua ênfase está na atitude do sofredor, ou seja, uma atitude de humildade levará Deus a intervir. Essa é a essência da sua mensagem: em vez de aprender com o seu sofrimento, Jó demonstra a mesma atitude dos ímpios para com Deus, e esta é a razão pela qual ainda está sofrendo aflição. O apelo de Eliú a Jó é:
1) ter fé verdadeira em Deus, em vez de ficar pedindo explicação;
2) Mudar a sua atitude para uma atitude de humildade.
Não se deve concluir que todas as objeções dos amigos de Jó representem tudo o que se pensava de Deus durante aquela época. Na medida em que a revelação da natureza de Deus foi se fazendo conhecida através da história e das Escrituras, descobrimos que algumas dessas opiniões eram incompletas. Evidentemente, isso não faz com que o texto seja menos inspirado, antes nos dá um relato inspirado pelo Espírito Santo dos incidentes como realmente aconteceram.
Quando os quatro concluíram, Deus respondeu a Jó de dentro de um remoinho. A resposta de deus não é uma explicação dos sofrimentos de Jó, mas, através de uma série de perguntas, Deus procura tornar Jó mais humilde. Quando relemos a fala de Deus através do remoinho, tiramos três conclusões a respeito do sofrimento de Jó:
1) não aparece a intenção de se revelar a Jó a causa dos seus sofrimentos. Deus não podia, provavelmente, explicar alguns aspectos do sofrimento humano, no momento em que acontece, sem o risco de destruir o próprio objetivo que esse sofrimento é destinado a cumprir;
2) Deus se envolve com a realidade do ser humano: Jó e o seu sofrimento são suficientes que Deus fale com ele;
3) o propósito de Deus também era o de levar Jó a abrir mão da sua justiça própria, da sua defesa própria e sabedoria auto-suficiente, de forma que pudesse buscar esses valores em Deus.
Eliú, em seu debate com Jó, faz três declarações significativas sobre o papel do Espírito Santo no relacionamento do povo com Deus.
Em 32.8, declara que o nível de compreensão de uma pessoa não está relacionado à sua idade ou etapa de vida, mas é antes o resultado da operação do Espírito de Deus. O Espírito é o autor da sabedoria dando a cada um a capacidade de conhecer e tirar lições pessoais das coisas que acontecem na vida. Assim, conhecimento e sabedoria são bênçãos do Espírito aos homens.
O Espírito de Deus é também a fonte da própria vida (33.4). Se não fosse pela influência direta do Espírito, o homem como nós o conhecemos não teria chegado a existir. Assim foi na criação original do homem, e assim continua sendo. Eliú declara que a sua própria existência dá testemunho do poder criador do Espírito. O Espírito de Deus é o Espírito da vida.
Como o Espírito de Deus dá vida e sabedoria ao homem, ele também é essencial à própria continuidade da raça humana. Se Deus tivesse que desviar a sua atenção para outro lugar, se tivesse que retirar o seu Espírito-que-dá-vida deste mundo, certamente a história humana chegaria ao seu fim (34.14,15). A intenção de Eliú é deixar claro que Deus não é caprichoso nem egoísta, pois cuida do ser humano, sustenta-o de forma constante pela abundante presença do seu Espírito. Dessa forma, o Espírito Santo no livro de Jó é o criador e mantenedor da vida, conferindo–lhe significado e racionalidade.
Conhecendo a Bíblia - 17ª parte
A autoria de Jó é incerta. Alguns eruditos atribuem o livro a Moisés. Outros atribuem a um dos antigos sábios, cujos escritos podem se encontrados em Provérbios ou Eclesiastes. Talvez o próprio Salomão tenha sido seu autor.
Os procedimentos, os costumes e o estilo de vida geral do livro de Jó são do período patriarcal (por volta de 2000 aC). Apesar dos estudiosos não concordarem quanto à época em que foi compilado, este texto é obviamente o registro de uma tradição oral muito antiga.
A própria Escritura atesta que Jó foi uma pessoa real. Ele é citado em Ezequiel 14.14 e Tiago 5.11. Acredita-se que era descendente de Naor, irmão de Abraão. Conhecia Deus pelo nome de “Shaddai” - o Todo Poderoso. Há 30 referências a Shaddai no Livro de Jó. Ele era um homem rico e levava um estilo de vida seminômade.
O Livro de Jó tem sido chamado de “poema dramático de uma história épica”. Os caps 1-2 são um prólogo que descreve o cenário da história. Satanás apresenta-se ao Senhor, junto com os filhos de Deus, e desafia a piedade de Jó, dizendo: “Porventura, teme Jó a Deus debalde?” (1.9). Vai mais longe e sugere que se Jó perdesse tudo o que possuía, amaldiçoaria a Deus. Deus dá licença a satanás para provar a fé que tinha Jó, privando-o de sua riqueza, da sua família e, finalmente, da sua saúde. Mesmo assim, “em tudo isto não pecou Jó com os seus lábios” (2.10). Jó, então, é visitado por três amigos: Elifaz, o temanita, Bildade, o suíta e Zofar, o naamatita, que ficam impressionados pela deplorável condição de Jó que permanecem sentados com Jó durante sete dias sem dizer uma só palavra.
A maior parte do livro é composta por três diálogos entre Jó e Zofar, seguidos pelo desafio de Eliú a Jó. Os quatro homens tentam responder a pergunta: “Por que sofre Jó?”
Elifaz, argumentando a partir da sua experiência, declara que Jó sofre porque pecou. Argumenta que aqueles que pecam são punidos. Como Jó está sofrendo, obviamente pecou.
Bildade, sustentando sua autoridade na tradição, sugere que Jó é um hipócrita. Também faz a inferência de que se os problemas vieram, então Jó deve ter pecado. “Se fores puro e reto, certamente, logo despertará por ti” (8.6).
Zofar condena Jó por verbosidade, presunção, e pecaminosidade, concluindo que Jó está recebendo menos do que merece: “Pelo que sabe Deus exige de ti menos do que merece a tua iniqüidade” (11.6).
Os três homens chegam basicamente à mesma conclusão: o sofrimento é conseqüência direta do pecado, e a iniqüidade é sempre punida. Argumentam que é possível avaliar o favor ou desfavor de Deus a alguém pela prosperidade ou adversidade material. Assumem erroneamente que o povo pode compreender os caminhos de Deus sem levar em conta o fato de que as bênçãos e a retribuição divina podem ir além da vida presente.
Na sua resposta aos seus amigos, Jó reafirma a sua inocência, dizendo que a experiência prova que tanto o justo como o injusto sofrem, e ambos desfrutam momentos de prosperidade. Lamenta o seu estado deplorável e as suas tremendas perdas, expressando a sua tristeza em relação a eles por acusarem-no em lugar de trazer-lhe consolo.
Depois que os três amigos terminam, um jovem, chamado Eliú, confronta-se com Jó, que prefere não responder suas acusações. O argumento de Eliú pode ser resumido desta maneira: Deus é maior do que qualquer ser humano, isso significa que nenhuma pessoa tenha o direito ou autoridade de exigir uma explicação dele. Argumenta que o ser humano não consegue entender algumas coisas que Deus faz. Ao mesmo tempo, Eliú sugere que Deus irá falar se ouvirmos. A sua ênfase está na atitude do sofredor, ou seja, uma atitude de humildade levará Deus a intervir. Essa é a essência da sua mensagem: em vez de aprender com o seu sofrimento, Jó demonstra a mesma atitude dos ímpios para com Deus, e esta é a razão pela qual ainda está sofrendo aflição. O apelo de Eliú a Jó é:
1) ter fé verdadeira em Deus, em vez de ficar pedindo explicação;
2) Mudar a sua atitude para uma atitude de humildade.
Não se deve concluir que todas as objeções dos amigos de Jó representem tudo o que se pensava de Deus durante aquela época. Na medida em que a revelação da natureza de Deus foi se fazendo conhecida através da história e das Escrituras, descobrimos que algumas dessas opiniões eram incompletas. Evidentemente, isso não faz com que o texto seja menos inspirado, antes nos dá um relato inspirado pelo Espírito Santo dos incidentes como realmente aconteceram.
Quando os quatro concluíram, Deus respondeu a Jó de dentro de um remoinho. A resposta de deus não é uma explicação dos sofrimentos de Jó, mas, através de uma série de perguntas, Deus procura tornar Jó mais humilde. Quando relemos a fala de Deus através do remoinho, tiramos três conclusões a respeito do sofrimento de Jó:
1) não aparece a intenção de se revelar a Jó a causa dos seus sofrimentos. Deus não podia, provavelmente, explicar alguns aspectos do sofrimento humano, no momento em que acontece, sem o risco de destruir o próprio objetivo que esse sofrimento é destinado a cumprir;
2) Deus se envolve com a realidade do ser humano: Jó e o seu sofrimento são suficientes que Deus fale com ele;
3) o propósito de Deus também era o de levar Jó a abrir mão da sua justiça própria, da sua defesa própria e sabedoria auto-suficiente, de forma que pudesse buscar esses valores em Deus.
Eliú, em seu debate com Jó, faz três declarações significativas sobre o papel do Espírito Santo no relacionamento do povo com Deus.
Em 32.8, declara que o nível de compreensão de uma pessoa não está relacionado à sua idade ou etapa de vida, mas é antes o resultado da operação do Espírito de Deus. O Espírito é o autor da sabedoria dando a cada um a capacidade de conhecer e tirar lições pessoais das coisas que acontecem na vida. Assim, conhecimento e sabedoria são bênçãos do Espírito aos homens.
O Espírito de Deus é também a fonte da própria vida (33.4). Se não fosse pela influência direta do Espírito, o homem como nós o conhecemos não teria chegado a existir. Assim foi na criação original do homem, e assim continua sendo. Eliú declara que a sua própria existência dá testemunho do poder criador do Espírito. O Espírito de Deus é o Espírito da vida.
Como o Espírito de Deus dá vida e sabedoria ao homem, ele também é essencial à própria continuidade da raça humana. Se Deus tivesse que desviar a sua atenção para outro lugar, se tivesse que retirar o seu Espírito-que-dá-vida deste mundo, certamente a história humana chegaria ao seu fim (34.14,15). A intenção de Eliú é deixar claro que Deus não é caprichoso nem egoísta, pois cuida do ser humano, sustenta-o de forma constante pela abundante presença do seu Espírito. Dessa forma, o Espírito Santo no livro de Jó é o criador e mantenedor da vida, conferindo–lhe significado e racionalidade.
Conhecendo a Bíblia - 17ª parte
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O LIVRO DE ESTER
O nome do autor é desconhecido. Mas o livro foi escrito por um judeu que conhecia os costumes e a linguagem dos persas. Talvez Mardoqueu ou Esdras tenha sido o autor, é uma narração bem elaborada, que relata como o povo de Deus foi preservado da ruína durante o séc. V aC.
O livro toma seu nome de uma mulher judia, bela e órfã, que se tornou rainha do rei persa Assuero. Acredita-se que este rei tenha sido Xerxes I, que sucedeu Dario I, em 485 aC, e governou 127 províncias, desde a Índia até a Etiópia, durante vinte anos. Viveu em Susã, a capital persa. Naquela época, certo número de judeus ainda se encontrava na Babilônia sob o governo persa, embora tivesse liberdade para retornar a Jerusalém (Ester 1-2). A história se desenrola num período de quatro anos, iniciando no terceiro ano do reinado de Xerxes.
Ester é um estudo da sobrevivência do povo de Deus em meio à hostilidade. Hamã, o homem mais importante depois do rei, deseja a aniquilação dos judeus. Ele manipula o rei para que execute os judeus. Entretanto, Deus usou da insônia do rei (6.1-3), para exaltar seu servo (Mardoqueu) pelo seu inimigo (Hamã), Deus zela por seu povo de dia e de noite. Ester é introduzida em cena e Deus faz uso dela para salvar seu povo. Hamã é enforcado; e Mardoqueu, líder dos judeus no Império Persa, se torna o segundo depois do rei Assuero. A festa de Purim é instituída para marca a libertação dos judeus.
Um aspecto peculiar no Livro de Ester é que o nome de Deus não é mencionado. No entanto, vestígios de Deus e seus caminhos transparecem em todo o livro, especialmente na vida de Ester e Mardoqueu. Da perspectiva humana, Ester e Mardoqueu foram as duas pessoas do povo menos indicadas para desempenhar funções importantes na formação da nação. Ele era um judeu benjamita exilado; ela era prima órfã de Mardoqueu, adotada por este (2.7). A maturidade espiritual de Ester se percebe na virtude dela saber esperar pelo momento que Deus julgou adequado, para, então, pedir ao rei a salvação do povo e denunciar Hamã (5.6-8; 7.3-6). Mardoqueu também revela maturidade para aguardar que Deus lhe indicasse a ocasião correta e lhe orientasse. Em conseqüência, ele soube o tempo certo de Ester desvendar sua identidade judaica (2.10). Esta espera divinamente orientada provou ser crucial (6.1-14; 7.9,10) e comprova a base espiritual do livro.
Finalmente, tanto Ester quanto Mardoqueu temiam a Deus, não a homens. Independentemente das conseqüências, Mardoqueu recusou-se a prestar honras a Hamã. Ester arriscou sua vida por amor do seu povo quando foi ao rei sem ter sido convidada. A missão de Ester e Mardoqueu sempre foi salvar a vida que o inimigo planejava destruir (2.21-23; 4.1-17; 7.1-6; 8.3-6) Como resultado, conduziram a nação à liberdade, foram honrados pelo rei e receberam autoridade, privilégios e responsabilidades.
Embora não se mencione diretamente o Espírito Santo, sua ação produziu em Ester e Mardoqueu profunda humildade, conduzindo-os ao amor mútuo e à lealdade (Romanos 5.5) O Espírito Santo também dirigiu e fortaleceu Ester para jejuar pelo seu povo e pedir que este fizesse o mesmo. (Romanos 8.26,27).
Conhecendo a Bíblia - 16ª parte
O LIVRO DE ESTER
O nome do autor é desconhecido. Mas o livro foi escrito por um judeu que conhecia os costumes e a linguagem dos persas. Talvez Mardoqueu ou Esdras tenha sido o autor, é uma narração bem elaborada, que relata como o povo de Deus foi preservado da ruína durante o séc. V aC.
O livro toma seu nome de uma mulher judia, bela e órfã, que se tornou rainha do rei persa Assuero. Acredita-se que este rei tenha sido Xerxes I, que sucedeu Dario I, em 485 aC, e governou 127 províncias, desde a Índia até a Etiópia, durante vinte anos. Viveu em Susã, a capital persa. Naquela época, certo número de judeus ainda se encontrava na Babilônia sob o governo persa, embora tivesse liberdade para retornar a Jerusalém (Ester 1-2). A história se desenrola num período de quatro anos, iniciando no terceiro ano do reinado de Xerxes.
Ester é um estudo da sobrevivência do povo de Deus em meio à hostilidade. Hamã, o homem mais importante depois do rei, deseja a aniquilação dos judeus. Ele manipula o rei para que execute os judeus. Entretanto, Deus usou da insônia do rei (6.1-3), para exaltar seu servo (Mardoqueu) pelo seu inimigo (Hamã), Deus zela por seu povo de dia e de noite. Ester é introduzida em cena e Deus faz uso dela para salvar seu povo. Hamã é enforcado; e Mardoqueu, líder dos judeus no Império Persa, se torna o segundo depois do rei Assuero. A festa de Purim é instituída para marca a libertação dos judeus.
Um aspecto peculiar no Livro de Ester é que o nome de Deus não é mencionado. No entanto, vestígios de Deus e seus caminhos transparecem em todo o livro, especialmente na vida de Ester e Mardoqueu. Da perspectiva humana, Ester e Mardoqueu foram as duas pessoas do povo menos indicadas para desempenhar funções importantes na formação da nação. Ele era um judeu benjamita exilado; ela era prima órfã de Mardoqueu, adotada por este (2.7). A maturidade espiritual de Ester se percebe na virtude dela saber esperar pelo momento que Deus julgou adequado, para, então, pedir ao rei a salvação do povo e denunciar Hamã (5.6-8; 7.3-6). Mardoqueu também revela maturidade para aguardar que Deus lhe indicasse a ocasião correta e lhe orientasse. Em conseqüência, ele soube o tempo certo de Ester desvendar sua identidade judaica (2.10). Esta espera divinamente orientada provou ser crucial (6.1-14; 7.9,10) e comprova a base espiritual do livro.
Finalmente, tanto Ester quanto Mardoqueu temiam a Deus, não a homens. Independentemente das conseqüências, Mardoqueu recusou-se a prestar honras a Hamã. Ester arriscou sua vida por amor do seu povo quando foi ao rei sem ter sido convidada. A missão de Ester e Mardoqueu sempre foi salvar a vida que o inimigo planejava destruir (2.21-23; 4.1-17; 7.1-6; 8.3-6) Como resultado, conduziram a nação à liberdade, foram honrados pelo rei e receberam autoridade, privilégios e responsabilidades.
Embora não se mencione diretamente o Espírito Santo, sua ação produziu em Ester e Mardoqueu profunda humildade, conduzindo-os ao amor mútuo e à lealdade (Romanos 5.5) O Espírito Santo também dirigiu e fortaleceu Ester para jejuar pelo seu povo e pedir que este fizesse o mesmo. (Romanos 8.26,27).
Conhecendo a Bíblia - 16ª parte
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O LIVRO DE NEEMIAS
O título atual do livro é derivado do seu personagem principal, cujo nome aparece em 1.1. A nossa primeira imagem de Neemias é quando ele aparece em seu papel de copeiro na corte de Artaxerxes. Um copeiro tinha uma posição de grande confiança como conselheiro do rei e a responsabilidade de proteger o rei de envenenamento. Enquanto Neemias, sem dúvida, desfrutava o luxo do palácio, o seu coração estava em Jerusalém, uma pequena cidade nas longínquas fronteiras do império.
A oração, o jejum, as qualidade de liderança, a poderosa eloqüência, as habilidades organizacionais criativas, a confiança nos planos de Deus e a rápida e decisiva resposta aos problemas qualificavam Neemias como um grande líder e como um grande homem de Deus. Mais importante ainda: ele deixa transparecer um espírito de sacrifício, cujo único interesse é resumido na sua repetida oração: “Lembra-te de mim pra bem, ó meu Deus!”
Nas escrituras, o livro de Neemias formava uma unidade com Esdras. Muitos estudiosos consideram Esdras como o autor/compilador de Esdras-Neemias bem como de 1 e 2Crônicas. Ainda que não tenhamos muita certeza, parece que Neemias contribuiu com parte do material contido no livro que leva o seu nome (caps.1-7; 11-13). Neemias significa “Jeová consola”. A história começa no livro de Esdras e se completa em Neemias, que serviu duas vezes como governador da Judéia, deixa a Pérsia para realizar a sua primeira missão no vigésimo ano de Artaxerxes I da Pérsia, que reinou de 465 até 424 aC (2.1). Retorna à Pérsia no trigésimo segundo ano de reinado de Artaxerxes (13.6) e volta novamente para Jerusalém “ao cabo de alguns dias”.
Pelo conteúdo do livro, sabe-se que a obra somente pode ter sido escrita algum tempo depois da volta de Neemias da Pérsia para Jerusalém. Talvez a sua redação final tenha sido completada antes da morte de Artaxerxes I em 424 aC; ao contrário, a morte de um monarca tão benigno provavelmente teria sido mencionada em Neemias.
O período histórico coberto pelos livros de Esdras e Neemias é de cerca de 110 anos. O período de reconstrução do templo sob Zorobabel, inspirado pela pregação de Zacarias e Ageu, foi de 21 anos. 60 anos mais tarde, Esdras causou um despertar do fervor religioso e promoveu um ensino adequado sobre o culto no templo. 13 anos depois, Neemias veio pra construir os muros. Talvez Malaquias tenha profetizado durante aquela época. Se foi assim, Neemias e Malaquias trabalharam juntos para erradicar o mal que significava o culto a muitos deuses e atacaram o pecado da associação com o povo que havia sido forçada a recolonizar aquelas regiões pelos assírios cerca de 200 anos antes. Tiveram tanto sucesso, que durante o período intertestamental o povo de Deus não voltou à idolatria. Dessa maneira, quando veio o Messias, pessoas como Isabel e Zacarias, Maria e José, Simeão, Ana, os pastores e outros eram pessoas piedosas com que Deus iria se comunicar.
Neemias expressa o lado prático, a vivência diária da nossa fé em Deus. Esdras havia conduzido o povo a uma renovação espiritual, enquanto Neemias era o Tiago do AT, desafiando o povo a mostrar a sua fé por meio das obras.
A primeira seção do livro (caps. 1-7) fala sobre a construção do muro. Era necessário para que Judá e Benjamim continuassem a existir como nação. Durante o período da construção dos muros, os crentes comprometidos, guiados por esse líder dinâmico, venceram a preguiça (4.6), zombaria (2.20), conspiração (3.9) e ameaças de agressão física (4.17).
A segunda seção do Livro (caps. 8-10) é dirigida ao povo que vivia dentro dos muros. A aliança foi renovada. Os inimigos que moravam na cidade foram exposto e tratados com muita dureza. Para guiar esse povo, Deus escolheu um homem de coração reto e com uma visão clara dos temas em questão, colocou-o no lugar certo no momento certo, equipou-o com o seu Espírito e o enviou pra fazer proezas.
Na última seção (caps.11-13), o povo é restaurado à obediência da Palavra de Deus, enquanto Neemias, o leigo, trabalha junto com Esdras, o profeta. Como governador durante esse período, Neemias usou a influência do seu cargo para apoiar a Esdras e exercer uma liderança espiritual. Aqui se revela um homem que planeja sabiamente suas ações (“considerei comigo mesmo no meu coração”) e um homem cheio de ousadia (“contendi com os nobres”)
Desde a criação, o Espírito Santo tem sido o braço executivo de Deus na terra. Eliú falou a verdade quando disse a Jó: “O Espírito de Deus na terra me fez” (Jó 33.4). Aqui aparece um padrão constante: é o Espírito de Deus que age para fazer de nós o que Deus quer que sejamos. Neemias 2.18 diz: “Então, lhes declarei como a mão do meu Deus me fora favorável.” A mão de Deus, seu modo de agir sobre a terra, é o Espírito Santo.
Neemias, foi claramente um instrumento do Espírito Santo. Sob o poder do Espírito Santo, certamente se tornou modelo da forma de atuar do Espírito Santo e foi um dos primeiros cumprimentos dessa memorável profecia.
Conhecendo a Bíblia - 15ª parte
O LIVRO DE NEEMIAS
O título atual do livro é derivado do seu personagem principal, cujo nome aparece em 1.1. A nossa primeira imagem de Neemias é quando ele aparece em seu papel de copeiro na corte de Artaxerxes. Um copeiro tinha uma posição de grande confiança como conselheiro do rei e a responsabilidade de proteger o rei de envenenamento. Enquanto Neemias, sem dúvida, desfrutava o luxo do palácio, o seu coração estava em Jerusalém, uma pequena cidade nas longínquas fronteiras do império.
A oração, o jejum, as qualidade de liderança, a poderosa eloqüência, as habilidades organizacionais criativas, a confiança nos planos de Deus e a rápida e decisiva resposta aos problemas qualificavam Neemias como um grande líder e como um grande homem de Deus. Mais importante ainda: ele deixa transparecer um espírito de sacrifício, cujo único interesse é resumido na sua repetida oração: “Lembra-te de mim pra bem, ó meu Deus!”
Nas escrituras, o livro de Neemias formava uma unidade com Esdras. Muitos estudiosos consideram Esdras como o autor/compilador de Esdras-Neemias bem como de 1 e 2Crônicas. Ainda que não tenhamos muita certeza, parece que Neemias contribuiu com parte do material contido no livro que leva o seu nome (caps.1-7; 11-13). Neemias significa “Jeová consola”. A história começa no livro de Esdras e se completa em Neemias, que serviu duas vezes como governador da Judéia, deixa a Pérsia para realizar a sua primeira missão no vigésimo ano de Artaxerxes I da Pérsia, que reinou de 465 até 424 aC (2.1). Retorna à Pérsia no trigésimo segundo ano de reinado de Artaxerxes (13.6) e volta novamente para Jerusalém “ao cabo de alguns dias”.
Pelo conteúdo do livro, sabe-se que a obra somente pode ter sido escrita algum tempo depois da volta de Neemias da Pérsia para Jerusalém. Talvez a sua redação final tenha sido completada antes da morte de Artaxerxes I em 424 aC; ao contrário, a morte de um monarca tão benigno provavelmente teria sido mencionada em Neemias.
O período histórico coberto pelos livros de Esdras e Neemias é de cerca de 110 anos. O período de reconstrução do templo sob Zorobabel, inspirado pela pregação de Zacarias e Ageu, foi de 21 anos. 60 anos mais tarde, Esdras causou um despertar do fervor religioso e promoveu um ensino adequado sobre o culto no templo. 13 anos depois, Neemias veio pra construir os muros. Talvez Malaquias tenha profetizado durante aquela época. Se foi assim, Neemias e Malaquias trabalharam juntos para erradicar o mal que significava o culto a muitos deuses e atacaram o pecado da associação com o povo que havia sido forçada a recolonizar aquelas regiões pelos assírios cerca de 200 anos antes. Tiveram tanto sucesso, que durante o período intertestamental o povo de Deus não voltou à idolatria. Dessa maneira, quando veio o Messias, pessoas como Isabel e Zacarias, Maria e José, Simeão, Ana, os pastores e outros eram pessoas piedosas com que Deus iria se comunicar.
Neemias expressa o lado prático, a vivência diária da nossa fé em Deus. Esdras havia conduzido o povo a uma renovação espiritual, enquanto Neemias era o Tiago do AT, desafiando o povo a mostrar a sua fé por meio das obras.
A primeira seção do livro (caps. 1-7) fala sobre a construção do muro. Era necessário para que Judá e Benjamim continuassem a existir como nação. Durante o período da construção dos muros, os crentes comprometidos, guiados por esse líder dinâmico, venceram a preguiça (4.6), zombaria (2.20), conspiração (3.9) e ameaças de agressão física (4.17).
A segunda seção do Livro (caps. 8-10) é dirigida ao povo que vivia dentro dos muros. A aliança foi renovada. Os inimigos que moravam na cidade foram exposto e tratados com muita dureza. Para guiar esse povo, Deus escolheu um homem de coração reto e com uma visão clara dos temas em questão, colocou-o no lugar certo no momento certo, equipou-o com o seu Espírito e o enviou pra fazer proezas.
Na última seção (caps.11-13), o povo é restaurado à obediência da Palavra de Deus, enquanto Neemias, o leigo, trabalha junto com Esdras, o profeta. Como governador durante esse período, Neemias usou a influência do seu cargo para apoiar a Esdras e exercer uma liderança espiritual. Aqui se revela um homem que planeja sabiamente suas ações (“considerei comigo mesmo no meu coração”) e um homem cheio de ousadia (“contendi com os nobres”)
Desde a criação, o Espírito Santo tem sido o braço executivo de Deus na terra. Eliú falou a verdade quando disse a Jó: “O Espírito de Deus na terra me fez” (Jó 33.4). Aqui aparece um padrão constante: é o Espírito de Deus que age para fazer de nós o que Deus quer que sejamos. Neemias 2.18 diz: “Então, lhes declarei como a mão do meu Deus me fora favorável.” A mão de Deus, seu modo de agir sobre a terra, é o Espírito Santo.
Neemias, foi claramente um instrumento do Espírito Santo. Sob o poder do Espírito Santo, certamente se tornou modelo da forma de atuar do Espírito Santo e foi um dos primeiros cumprimentos dessa memorável profecia.
Conhecendo a Bíblia - 15ª parte
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O LIVRO DE ESDRASO livro de Esdras, cujo nome provavelmente signifique “O Senhor tem ajudado”, deriva o seu título do personagem principal dos caps. 7-10. A opinião conservadora e geralmente aceita é de que Esdras tenha compilado ou escrito este livro juntamente com 1 e 2Crônicas e Neemias. A Bíblia hebraica reconhecia Esdras e Neemias como um só livro.
O próprio Esdras era um sacerdote, um “... escriba das palavras, dos mandamentos do SENHOR” (7.11). Liderou o segundo dos três grupos que retornaram da Babilônia para Jerusalém. Como homem devoto, estabeleceu firmemente a Lei (o Pentateuco) como a base da fé (7.10).
Os eventos de Esdras cobrem um período um pouco maior do que 80 anos e caem em dois segmentos distintos. O primeiro (caps.1-6) cobre um período de cerca de 23 anos e tem como tema o primeiro grupo que retorna do exílio sob Zorobabel e a reconstrução do templo.
Depois de mais de 60 anos de cativeiro babilônico, Deus desperta o coração do regente da Babilônia, o rei Ciro da Pérsia, Isaías 44.28, para publicar um edito que dizia que todo judeu que assim desejasse poderia retornar pra Jerusalém a fim de reconstruir o templo e a cidade . Um grupo de fiéis responde e partiu em 538 aC. sob a liderança de Zorobabel. A construção do templo é iniciada, mas a oposição dos habitantes não judeus desencoraja o povo, e a obra é interrompida. Deus, então, levanta os ministérios proféticos de Ageu e Zacarias, que chamam o povo para completar a obra. Embora bem menos esplêndido que o templo anterior, o de Salomão, o novo templo é completado e dedicado em 515 aC.
Aproximadamente 60 anos depois (458 aC.), outro grupo de exilados volta para Jerusalém liderados por Esdras (caps. 7-10). São enviados pelo rei persa Artaxerxes, com somas adicionais de dinheiro e valores para intensificar o culto no templo. Esdras também é comissionado para apontar líderes em Jerusalém para supervisionar o povo. Já em Jerusalém, Esdras assumiu o ministério de reformador espiritual, o que deve ter durado cerca de um ano. Sacerdote dedicado, Esdras encontra um Israel que tinha adotado muitas das práticas dos habitantes pagãos; ele chama Israel ao arrependimento e a uma renovada submissão à Lei, ao ponto do divórcio de suas esposas pagãs.
Duas grandes mensagens emergem de Esdras: a fidelidade de Deus e a infidelidade do homem.
Deus havia prometido através de Jeremias (25.12) que o cativeiro babilônico teria duração limitada. No momento apropriado, cumpriu fielmente a sua promessa e induziu o espírito do rei Ciro da Pérsia a publicar um edito para o retorno dos exilados (1.1-4). Fielmente, concedeu liderança (Zorobabel e Esdras), e os exilados são enviados com despojos, incluindo itens que haviam sido saqueados do templo de Salomão (1.5-10).
Quando o povo desanimou por causa da zombaria dos inimigos, Deus fielmente levantou Ageu e Zacarias para encorajar o povo a completar a obra. O estímulo dos profetas trouxe resultados (5.1,2).
Finalmente, quando o povo se desviou das verdades da Sua palavra, Deus fielmente enviou um sacerdote dedicado que habilidosamente instruiu o povo na verdade, chamando-o à confissão de pecado e ao arrependimento dos seus caminhos perversos (caps. 9-10).
A fidelidade de Deus é contrastada com a infidelidade do povo. Apesar do seu retorno e das promessas divinas, o povo se deixou influenciar pelos seus inimigos e desistiu temporariamente (4.24). Posteriormente, depois de completada a obra, de forma que pudesse adorar a Deus em seu próprio templo (6.16-18), o povo se tornou desobediente aos mandamentos de Deus; desenvolve-se uma geração inteira cujas “... iniqüidades se multiplicaram sobre as vossas cabeças” (9.6). Contudo, como foi dito acima, a fidelidade de Deus triunfa em cada situação.
A obra do Espírito Santo em Esdras pode ser vista claramente na ação providencial de Deus em cumprir as suas promessas. Isto é indicado pela frase “a mão do Senhor”, que aparece seis vezes.
Foi pelo Espírito que “... despertou o Senhor o espírito de Ciro...” (1.1) e “... tinha mudado o coração do rei da Assíria...” (6.22). Teria sido também pelo Espírito Santo que “E Ageu, profeta e Zacarias... profetizaram aos Judeus...” (5.1). A obra do Espírito Santo é vista na vida pessoal de Esdras, tanto no sentido de obrar nele (“Porque Esdras tinha preparado o seu coração para buscar a Lei do Senhor...”, 7.10), como no sentido de atuar em seu favor (“... o rei lhe deu tudo quanto lhe pedira”. 7.6).
A atitude de Esdras descreve bem a disposição que cada cristão deve mostrar no serviço ao Senhor: "Porque Esdras tinha disposto o coração para buscar a Lei do Senhor, e para a cumprir, e para ensinar em Israel os seus estatutos e os seus juízos" (7.10). Esse servo se ofereceu ao serviço de Deus com coração disposto. Mas, um coração bom precisa ser aplicado com toda reverência e respeito para com Deus.
Observe as duas coisas que Esdras fez:
Buscou a Lei. Antes de mais nada, o discípulo do Senhor precisa conhecer a palavra do Mestre. Jesus mandou que conheçamos a verdade, a Palavra de Deus (João 8.32; 17.17). Conhecimento sem aplicação na própria vida não adianta. "Tornai-vos, pois, praticantes da palavra e não somente ouvintes, enganando-vos com falsos discursos" (Tiago 1.22).
Ensinou a Palavra aos outros. A palavra que ouvimos deve ser transmitida a outras pessoas (2Timóteo 2.2; Hebreus 5.12).
O escriba e sacerdote Esdras nos serve como excelente exemplo. Cada cristão deve imitar a atitude dele. Com corações dispostos, devemos buscar, cumprir e ensinar a palavra de Deus.
Conhecendo a Bíblia - 14ª parte
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O SEGUNDO LIVRO DAS CRÔNICAS
O livro de 2Crônicas tem duas divisões principais. A primeira seção é constituída pelos primeiros nove capítulos (caps. 1-9) descreve em linhas gerais o governo do rei Salomão, chamando a atenção, para como se portavam de maneira exemplar os servos de Salomão, o que trouxe a rainha de Sabá, a ficar como fora de si (9.1-12). A narrativa dá bastante importância à construção do templo (caps. 2-7) bem como à riqueza e à sabedoria desse extraordinário rei (caps. 8-9). A narrativa, no entanto, termina abruptamente e não faz menção das fraquezas de Salomão, conforme registradas em 1Reis 11.
A segunda seção do Livro é formada pelos caps. 10 a 36. Depois da divisão do reino, se concentram quase que exclusivamente no Reino do Sul, Judá, e discorre sobre a história do Reino do Norte, Israel, só ocasionalmente. 2Crônicas traça a historia dos reinados dos 20 governantes de Judá, onde relata como a idolatria e desobediência ao Senhor dos Exércitos, por vários reis, até ao cativeiro babilônico o Reino do Sul em 586 aC. O livro conclui com o decreto de Ciro libertando e permitindo a volta do povo para Judá (36.22,23), atitude profetizada por Isaías, mesmo antes do nascimento de Ciro, Isaías 44.28.
O rei Ezequias foi um dos melhores reis de Judá por causa da sua confiança e dependência em Deus (2Crônicas 32.1-23). Ezequias, que seguiu o exemplo do seu antepassado o Rei Davi, começou a reinar com 25 anos de idade e reinou por 29 anos. Sua mãe era Abi, filha de Zacarias. Ezequias confiava plenamente no Senhor, guardava seus mandamentos e exortava o povo a desviar-se do pecado e voltar-se para Deus. (Leia mais em 2Reis 18:3-6; 2Crônicas 30-6:9). No início do seu reino, Ezequias reparou e purificou a casa do Senhor, reintegrou os sacerdotes e levitas ao seu ministério, e restaurou a celebração da Páscoa (2Crônicas 29:3 e 30:5). Ele destruiu todos os altares e altos idólatras em Judá. Deus trouxe paz ao reino quando Ezequias cuidou da casa do Senhor e providenciou a adoração verdadeira ao Deus de Israel.
Há três referências ao Espírito Santo em 2Crônicas. É identificado como o “Espírito de Deus” (15.1; 24.20) e como o “Espírito do SENHOR” (20.14). Nessas referências, o Espírito Santo inspirou ativamente Azarias (15.1), Jaaziel (20.14) e Zacarias (24.20) para que falassem da parte de Deus. Além dessas referências, muitos vêem a presença do Espírito Santo na dedicação do templo “... porque a glória do Senhor encheu a casa de Deus.” (5.13,14).
Conhecendo a Bíblia - 13ª parte
O SEGUNDO LIVRO DAS CRÔNICAS
O livro de 2Crônicas tem duas divisões principais. A primeira seção é constituída pelos primeiros nove capítulos (caps. 1-9) descreve em linhas gerais o governo do rei Salomão, chamando a atenção, para como se portavam de maneira exemplar os servos de Salomão, o que trouxe a rainha de Sabá, a ficar como fora de si (9.1-12). A narrativa dá bastante importância à construção do templo (caps. 2-7) bem como à riqueza e à sabedoria desse extraordinário rei (caps. 8-9). A narrativa, no entanto, termina abruptamente e não faz menção das fraquezas de Salomão, conforme registradas em 1Reis 11.
A segunda seção do Livro é formada pelos caps. 10 a 36. Depois da divisão do reino, se concentram quase que exclusivamente no Reino do Sul, Judá, e discorre sobre a história do Reino do Norte, Israel, só ocasionalmente. 2Crônicas traça a historia dos reinados dos 20 governantes de Judá, onde relata como a idolatria e desobediência ao Senhor dos Exércitos, por vários reis, até ao cativeiro babilônico o Reino do Sul em 586 aC. O livro conclui com o decreto de Ciro libertando e permitindo a volta do povo para Judá (36.22,23), atitude profetizada por Isaías, mesmo antes do nascimento de Ciro, Isaías 44.28.
O rei Ezequias foi um dos melhores reis de Judá por causa da sua confiança e dependência em Deus (2Crônicas 32.1-23). Ezequias, que seguiu o exemplo do seu antepassado o Rei Davi, começou a reinar com 25 anos de idade e reinou por 29 anos. Sua mãe era Abi, filha de Zacarias. Ezequias confiava plenamente no Senhor, guardava seus mandamentos e exortava o povo a desviar-se do pecado e voltar-se para Deus. (Leia mais em 2Reis 18:3-6; 2Crônicas 30-6:9). No início do seu reino, Ezequias reparou e purificou a casa do Senhor, reintegrou os sacerdotes e levitas ao seu ministério, e restaurou a celebração da Páscoa (2Crônicas 29:3 e 30:5). Ele destruiu todos os altares e altos idólatras em Judá. Deus trouxe paz ao reino quando Ezequias cuidou da casa do Senhor e providenciou a adoração verdadeira ao Deus de Israel.
Há três referências ao Espírito Santo em 2Crônicas. É identificado como o “Espírito de Deus” (15.1; 24.20) e como o “Espírito do SENHOR” (20.14). Nessas referências, o Espírito Santo inspirou ativamente Azarias (15.1), Jaaziel (20.14) e Zacarias (24.20) para que falassem da parte de Deus. Além dessas referências, muitos vêem a presença do Espírito Santo na dedicação do templo “... porque a glória do Senhor encheu a casa de Deus.” (5.13,14).
Conhecendo a Bíblia - 13ª parte
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O PRIMEIRO LIVRO DAS CRÔNICAS
1 e 2Crônicas eram originalmente um só livro. Como a identidade do autor dessa obra não é explicitada em 1 nem em 2 Crônicas, muitos optaram por se referir a esse autor desconhecido simplesmente como “o cronista”. No entanto, Esdras é o candidato mais provável para a autoria de Crônicas. A antiga tradição judaica do Talmude afirma que Esdras escreveu o livro. Além disso, os versículos finais de 2Crônicas 36.22,23, repetem-se como os versículos iniciais de Esdras (ver Esdras 1.1-3). Isso não apenas reforça o argumento que aponta Esdras como autor de 1Crônicas, mas pode ser também uma indicação de que Crônicas e Esdras tenham sido em algum momento uma única obra. Soma-se a isso o fato de que 1 e 2Crônicas tenham estilo, vocabulário e conteúdo similares. Esdras era tanto escriba como profeta e desempenhou um papel significativo na comunidade de exilados que retornou à cidade de Jerusalém. Apesar de não podermos afirmar com certeza absoluta, é razoável assumir que “o cronista” tenha sido Esdras.
Embora seja difícil estabelecer a data exata para 1 e 2Crônicas, é provável que a sua forma final tenha surgido lá pelo final do séc. V aC. O último evento registrado nos versículos finais de 2Crônicas é o decreto de Ciro, rei da Pérsia, que dá licença à volta dos judeus para Judá. É datado como 538-537 aC. e dá a impressão de que Crônicas tenha sido composto pouco tempo depois. No entanto, a última pessoa mencionada em 1 e 2Crônicas é realmente Anani, da oitava geração do rei Jeoaquim (ver 1Crônicas 3.24). Jeoaquim foi deportado para a Babilônia em 597 aC. Dependendo de como essas gerações são medidas (cerca de 25 anos), o nascimento de Anani pode ter acontecido entre 425 e 400 aC. Portanto, a data para 1 e 2Crônicas pode ser situada entre 425 e 400 aC.
O livro de 1Crônicas cobre o período que vai de Adão até a morte de Davi, ao redor de 971 aC. É um período de tempo extraordinário, pois abrange o mesmo período coberto pelos primeiros 10 livros do Antigo Testamento, de Gênesis até 2Samuel. Se as genealogias de 1Crônicas 1-9 fossem ignoradas, 1 e 2Crônicas cobririam aproximadamente o mesmo período de tempo de 1 e 2Reis. No entanto, o cenário específico de 1 e 2Crônicas é o período de tempo que vem depois do exílio. Durante essa época, o mundo antigo estava sob o controle do poderoso Império Perda. Tudo o que restou dos gloriosos reinados de Davi e Salomão foi a pequena província de Judá. Os persas substituíram o rei por um governador provincial. Apesar de que o povo de Deus tenha recebido licença para voltar a Jerusalém e reconstruir o templo, a sua situação era muito diferente da dos anos dourados de Davi e Salomão.
O livro de 1Crônicas tem duas divisões principais. A primeira seção é constituída por 9 capítulos de genealogias. As genealogias começam com Adão e continuam, atravessando todo o período do exílio, até àqueles que retornaram para Jerusalém. Com freqüência não se dá muita importância a esta seção. Contudo, assim como nos Evangelhos de Mateus e Lucas, as genealogias formam a base das narrativas que se seguem. 1Crônicas está carregado de genealogias para sublinhar a necessidade de pureza racial e religiosa. As genealogias são compiladas seletivamente para realçar a linhagem de Davi e da tribo de Levi.
A segunda parte de 1Crônicas (caps. 10-29) registra os eventos e realizações do rei Davi. O cap. 10 serve como prólogo para resumir o reinado e a morte do rei Saul. Nos caps. 11 e 12, Davi se torna rei e conquista Jerusalém. O restante das narrativas sobre Davi está enfocada sobre três aspectos significativos do seu reinado, ou seja, o transporte da arca do Testemunho para Jerusalém (caps. 13-17), suas proezas militares (caps. 18-20) e os preparativos para a construção do tempo (caps. 21-27). Os dois últimos capítulos de 1Crônicas recorda os últimos dias de Davi.
Há duas referências claras ao Espírito Santo em 1Crônicas. A primeira está em 12.18, em que o “Espírito” entrou em Amasai e o capacitou a fazer uma declaração inspirada. E a segunda em 28.12, a qual explica que por meio do ministério do Espírito (ânimo) os planos do templo foram revelados a Davi.
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O PRIMEIRO LIVRO DAS CRÔNICAS
1 e 2Crônicas eram originalmente um só livro. Como a identidade do autor dessa obra não é explicitada em 1 nem em 2 Crônicas, muitos optaram por se referir a esse autor desconhecido simplesmente como “o cronista”. No entanto, Esdras é o candidato mais provável para a autoria de Crônicas. A antiga tradição judaica do Talmude afirma que Esdras escreveu o livro. Além disso, os versículos finais de 2Crônicas 36.22,23, repetem-se como os versículos iniciais de Esdras (ver Esdras 1.1-3). Isso não apenas reforça o argumento que aponta Esdras como autor de 1Crônicas, mas pode ser também uma indicação de que Crônicas e Esdras tenham sido em algum momento uma única obra. Soma-se a isso o fato de que 1 e 2Crônicas tenham estilo, vocabulário e conteúdo similares. Esdras era tanto escriba como profeta e desempenhou um papel significativo na comunidade de exilados que retornou à cidade de Jerusalém. Apesar de não podermos afirmar com certeza absoluta, é razoável assumir que “o cronista” tenha sido Esdras.
Embora seja difícil estabelecer a data exata para 1 e 2Crônicas, é provável que a sua forma final tenha surgido lá pelo final do séc. V aC. O último evento registrado nos versículos finais de 2Crônicas é o decreto de Ciro, rei da Pérsia, que dá licença à volta dos judeus para Judá. É datado como 538-537 aC. e dá a impressão de que Crônicas tenha sido composto pouco tempo depois. No entanto, a última pessoa mencionada em 1 e 2Crônicas é realmente Anani, da oitava geração do rei Jeoaquim (ver 1Crônicas 3.24). Jeoaquim foi deportado para a Babilônia em 597 aC. Dependendo de como essas gerações são medidas (cerca de 25 anos), o nascimento de Anani pode ter acontecido entre 425 e 400 aC. Portanto, a data para 1 e 2Crônicas pode ser situada entre 425 e 400 aC.
O CILINDRO DE CIRO é um cilindro de barro que registra um importante decreto de Ciro, Rei dos Persas. Ciro adotou a política de autorizar os povos exilados em Babilônia retornarem às suas terras de origem. Veja Esdras 1:2-4. Este decreto foi emitido no seu 1º ano após a conquista de Babilônia, isto no ano 538-537 a.C.. A conquista de Babilônia, de um modo rápido e sem batalha pelos medos e persas, descrita em Daniel 5:30-31, é confirmada no relato do Cilindro de Ciro. Ver Isaías 44:28; 2Crônicas 36:22,23. Durante 50 anos, entre 587 a 537 a.C., Jerusalém esteve desabitada em completa ruína. Somente depois do Decreto de Ciro, se reuniu uma primeira vaga de judeus exilados que viajou desde Babilônia até à terra de Judá. Era seu objetivo primário reconstruir o Templo de Jerusalém. Esdras 1-2.
O livro de 1Crônicas cobre o período que vai de Adão até a morte de Davi, ao redor de 971 aC. É um período de tempo extraordinário, pois abrange o mesmo período coberto pelos primeiros 10 livros do Antigo Testamento, de Gênesis até 2Samuel. Se as genealogias de 1Crônicas 1-9 fossem ignoradas, 1 e 2Crônicas cobririam aproximadamente o mesmo período de tempo de 1 e 2Reis. No entanto, o cenário específico de 1 e 2Crônicas é o período de tempo que vem depois do exílio. Durante essa época, o mundo antigo estava sob o controle do poderoso Império Perda. Tudo o que restou dos gloriosos reinados de Davi e Salomão foi a pequena província de Judá. Os persas substituíram o rei por um governador provincial. Apesar de que o povo de Deus tenha recebido licença para voltar a Jerusalém e reconstruir o templo, a sua situação era muito diferente da dos anos dourados de Davi e Salomão.
O livro de 1Crônicas tem duas divisões principais. A primeira seção é constituída por 9 capítulos de genealogias. As genealogias começam com Adão e continuam, atravessando todo o período do exílio, até àqueles que retornaram para Jerusalém. Com freqüência não se dá muita importância a esta seção. Contudo, assim como nos Evangelhos de Mateus e Lucas, as genealogias formam a base das narrativas que se seguem. 1Crônicas está carregado de genealogias para sublinhar a necessidade de pureza racial e religiosa. As genealogias são compiladas seletivamente para realçar a linhagem de Davi e da tribo de Levi.
A segunda parte de 1Crônicas (caps. 10-29) registra os eventos e realizações do rei Davi. O cap. 10 serve como prólogo para resumir o reinado e a morte do rei Saul. Nos caps. 11 e 12, Davi se torna rei e conquista Jerusalém. O restante das narrativas sobre Davi está enfocada sobre três aspectos significativos do seu reinado, ou seja, o transporte da arca do Testemunho para Jerusalém (caps. 13-17), suas proezas militares (caps. 18-20) e os preparativos para a construção do tempo (caps. 21-27). Os dois últimos capítulos de 1Crônicas recorda os últimos dias de Davi.
Há duas referências claras ao Espírito Santo em 1Crônicas. A primeira está em 12.18, em que o “Espírito” entrou em Amasai e o capacitou a fazer uma declaração inspirada. E a segunda em 28.12, a qual explica que por meio do ministério do Espírito (ânimo) os planos do templo foram revelados a Davi.
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O SEGUNDO LIVRO DOS REIS
O Relatório Histórico que Mostra a Mão Providencial de Deus no Estabelecimento da Nação de Israel
Deus visto como sendo longânimo, mas firme para efetuar o propósito eterno. Livros dos profetas foram escritos durante do período destes dois livros de 1 e 2 Reis: À Nínive – Jonas, à Israel - Amós, Oséias, Joel , à Judá - Isaías, Miquéias, Naum, Habacuque, Sofonias, Jeremias, Malaquias, Zacarias, Ezequiel. Também durante esta época, foram colocados na sua forma presente os livros de Provérbios. Eclesiastes e Cantares de Salomão.
2Reis era originalmente a segunda metade de um livro que incluía 1 e 2Reis. Esta obra deve ter sido compilada algum tempo depois da tomada de Judá pelos babilônios em 586 aC. O livro dá a impressão de ser obra de um só autor e de que este autor tenha testemunhado a queda de Jerusalém. Apesar de que a data exata para a composição de 1 e 2 Reis seja incerta, acredita-se que a sua forma final estava pronta em algum momento da última parte do séc. VI aC.
Os acontecimentos descritos em 2 Reis abrangem um período de cerca de 300 anos. Recorda as turbulentas experiências do povo de Deus desde o reinado de Acazias (o nono rei Israel) ao redor de 853 aC., incluindo a queda de Israel para a Assíria em 722 aC, passando pela deportação de Judá para a Babilônia em 586 aC e terminando com a libertação do rei Joaquim em 560 aC. Esse foi um período difícil da história do povo de Deus, foram grandes mudanças e sublevações. Havia luta interna e pressão externa. O resultado foi um momento tenebroso na história do povo de Deus: colapso e conseqüente cativeiro de ambas as nações.
2Reis retoma a história trágica do “reino divido” quando Acazias está no trono de Israel e Josafá governando sobre Judá. Assim como 1Reis, é difícil seguir o fluxo da narrativa. O Autor ora está falando do Reino do Norte, Israel, ora do Reino do Sul, Judá, traçando simultaneamente suas histórias. Israel teve 19 governantes, todos ruins. Judá foi governado por 20 regentes, dos quais apenas oito foram bons. 2Reis recorda a história do últimos 10 reis e dos últimos 16 governantes de Judá. Alguns desses 26 governantes são mencionados em apenas poucos versículos, enquanto que capítulos inteiros são dedicados a outros. A atenção maior é dirigida àqueles que ou serviram de modelo de integridade ou que ilustram por que essas nações finalmente entraram em colapso.
O fracasso dos profetas, sacerdotes, e reis do povo de Deus aponta para a necessidade do advento de Cristo. Cristo é a combinação ideal desses três ofícios. Como profeta, a palavra de Cristo ultrapassa largamente à dos ofícios. Como profeta, a palavra de Cristo ultrapassa largamente à do grande profeta Elias (Mateus 17.1-5), Muitos dos milagres de Jesus são reminiscências das maravilhas que Deus fez através de Elias e Eliseu em Reis. Além disso, Cristo é um sacerdote superior a qualquer daqueles registrados em Reis (Hebreus 7.22-27). 1Reis ilustra vivamente a necessidade de Cristo como o nosso Rei em exercício de suas funções. Quando perguntado se era rei dos judeus, Jesus afirmou que era (Mateus 27.11). No entanto, Jesus é um Rei maior do que o maior dos seus reis (Mateus 12.42). O reinado de cada um desses 26 governantes já terminou, mas Cristo reinará sobre o trono de Davi pra sempre (1Crônicas 17.14; Isaías 9.6), pois ele é “REI DOS REIS E SENHOR DOS SENHORES” (Apocalipse 19.16).
Há uma referência indireta ao Espírito Santo na frase “teu espírito" em 2.9,15. Aqui Eliseu tenta receber o mesmo poder de Elias para levar adiante o ministério profético do seu antecessor. O espírito enérgico ou o poder que capacitava Elias a profetizar era o Espírito de Deus. 2Reis 2.9,16 fornece um paralelo interessante entre Atos 1.4-9 e 2.1-4. Elias foi elevado ao céu, Eliseu procurou a promessa de que receberia poder para levar adiante o ministério do seu mestre, e a promessa foi cumprida. Da mesma maneira, Jesus ascendeu, os discípulos aguardaram o cumprimento da promessa, e o Espírito Santo desceu para capacitá-los a levar adiante a obra que seu mestre começou.
Uma alusão final ao Espírito Santo aparece em 2Reis 3.15. Aqui a “mão do Senhor” veio sobre Eliseu, capacitando-o a profetizar ao rei Josafá. A fórmula “a mão do SENHOR” se refere à inspiração divina dos profetas.
O SEGUNDO LIVRO DOS REIS
O Relatório Histórico que Mostra a Mão Providencial de Deus no Estabelecimento da Nação de Israel
Deus visto como sendo longânimo, mas firme para efetuar o propósito eterno. Livros dos profetas foram escritos durante do período destes dois livros de 1 e 2 Reis: À Nínive – Jonas, à Israel - Amós, Oséias, Joel , à Judá - Isaías, Miquéias, Naum, Habacuque, Sofonias, Jeremias, Malaquias, Zacarias, Ezequiel. Também durante esta época, foram colocados na sua forma presente os livros de Provérbios. Eclesiastes e Cantares de Salomão.
2Reis era originalmente a segunda metade de um livro que incluía 1 e 2Reis. Esta obra deve ter sido compilada algum tempo depois da tomada de Judá pelos babilônios em 586 aC. O livro dá a impressão de ser obra de um só autor e de que este autor tenha testemunhado a queda de Jerusalém. Apesar de que a data exata para a composição de 1 e 2 Reis seja incerta, acredita-se que a sua forma final estava pronta em algum momento da última parte do séc. VI aC.
Os acontecimentos descritos em 2 Reis abrangem um período de cerca de 300 anos. Recorda as turbulentas experiências do povo de Deus desde o reinado de Acazias (o nono rei Israel) ao redor de 853 aC., incluindo a queda de Israel para a Assíria em 722 aC, passando pela deportação de Judá para a Babilônia em 586 aC e terminando com a libertação do rei Joaquim em 560 aC. Esse foi um período difícil da história do povo de Deus, foram grandes mudanças e sublevações. Havia luta interna e pressão externa. O resultado foi um momento tenebroso na história do povo de Deus: colapso e conseqüente cativeiro de ambas as nações.
2Reis retoma a história trágica do “reino divido” quando Acazias está no trono de Israel e Josafá governando sobre Judá. Assim como 1Reis, é difícil seguir o fluxo da narrativa. O Autor ora está falando do Reino do Norte, Israel, ora do Reino do Sul, Judá, traçando simultaneamente suas histórias. Israel teve 19 governantes, todos ruins. Judá foi governado por 20 regentes, dos quais apenas oito foram bons. 2Reis recorda a história do últimos 10 reis e dos últimos 16 governantes de Judá. Alguns desses 26 governantes são mencionados em apenas poucos versículos, enquanto que capítulos inteiros são dedicados a outros. A atenção maior é dirigida àqueles que ou serviram de modelo de integridade ou que ilustram por que essas nações finalmente entraram em colapso.
O fracasso dos profetas, sacerdotes, e reis do povo de Deus aponta para a necessidade do advento de Cristo. Cristo é a combinação ideal desses três ofícios. Como profeta, a palavra de Cristo ultrapassa largamente à dos ofícios. Como profeta, a palavra de Cristo ultrapassa largamente à do grande profeta Elias (Mateus 17.1-5), Muitos dos milagres de Jesus são reminiscências das maravilhas que Deus fez através de Elias e Eliseu em Reis. Além disso, Cristo é um sacerdote superior a qualquer daqueles registrados em Reis (Hebreus 7.22-27). 1Reis ilustra vivamente a necessidade de Cristo como o nosso Rei em exercício de suas funções. Quando perguntado se era rei dos judeus, Jesus afirmou que era (Mateus 27.11). No entanto, Jesus é um Rei maior do que o maior dos seus reis (Mateus 12.42). O reinado de cada um desses 26 governantes já terminou, mas Cristo reinará sobre o trono de Davi pra sempre (1Crônicas 17.14; Isaías 9.6), pois ele é “REI DOS REIS E SENHOR DOS SENHORES” (Apocalipse 19.16).
Há uma referência indireta ao Espírito Santo na frase “teu espírito" em 2.9,15. Aqui Eliseu tenta receber o mesmo poder de Elias para levar adiante o ministério profético do seu antecessor. O espírito enérgico ou o poder que capacitava Elias a profetizar era o Espírito de Deus. 2Reis 2.9,16 fornece um paralelo interessante entre Atos 1.4-9 e 2.1-4. Elias foi elevado ao céu, Eliseu procurou a promessa de que receberia poder para levar adiante o ministério do seu mestre, e a promessa foi cumprida. Da mesma maneira, Jesus ascendeu, os discípulos aguardaram o cumprimento da promessa, e o Espírito Santo desceu para capacitá-los a levar adiante a obra que seu mestre começou.
Uma alusão final ao Espírito Santo aparece em 2Reis 3.15. Aqui a “mão do Senhor” veio sobre Eliseu, capacitando-o a profetizar ao rei Josafá. A fórmula “a mão do SENHOR” se refere à inspiração divina dos profetas.
Julho 20, 2008
Conhecendo a Bíblia - 11ª parte
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O PRIMEIRO LIVRO DOS REIS
O Relatório Histórico que mostra a mão providencial de Deus no Estabelecimento da Nação de Israel
Apesar de que a data exata para a composição de 1 e 2 Reis seja incerta, acredita-se que a sua forma final estava pronta em algum momento da última parte do séc. VI aC.O PRIMEIRO LIVRO DOS REIS
O Relatório Histórico que mostra a mão providencial de Deus no Estabelecimento da Nação de Israel
O último acontecimento mencionado em 2Reis é a libertação do Rei Joaquim, de Judá, que estava preso na Babilônia. Considerando que Joaquim foi feito prisioneiro em 597 aC, os livros de Reis devem ter sido escritos depois de 560 aC para que esta informação pudesse ser incluída. O autor de Reis teria mencionado, provavelmente, um acontecimento tão importante como a queda da Babilônia para a Pérsia em 538 aC, caso houvesse tido conhecimento desse evento. Como não há menção dessa importante notícia em Reis, conclui-se, então, que Reis tenha sido escrito, provavelmente antes de 538 aC, embora os eventos registrados em 1Reis tenha ocorrido uns trezentos anos mais cedo.
Os acontecimentos descritos em 1Reis abrangem um período de cerca de 120 anos. Recorda as turbulentas experiências do povo de Deus desde a morte de Davi, em cerca de 971 aC, até ao reinado de Josafá (o quarto rei do Reino de Judá) e o reinado de Acazias (o nono rei do Reino de Israel), em cerca de 853 aC. Esse foi um período difícil da história do povo de Deus, foram grandes mudanças e sublevações. Havia luta interna e pressão externa. O resultado foi um momento tenebroso, em que um reino estável, dirigido por um líder forte, dividiu-se em dois. 1 e 2 Reis eram, originalmente, um só livro, que continuava a narrativa de 1 e 2 Samuel. Os compositores do Antigo T grego (Septuaginta ou LXX) dividiram a obra em “3 e 4 Reinos” (1 e 2 Samuel eram 1 e 2 Reinos). O Título “Reis” se deriva da tradução latina de Jerônimo (Vulgata) e é apropriado por causa da ênfase desses livros nos reis que governaram durante este período.
Os livros de 1 e 2 Reis começam a registrar os eventos históricos do povo de Deus no lugar em que 1 e 2 Samuel interrompem. No entanto, Reis é mais do que uma simples compilação de acontecimentos políticos importantes ou socialmente significativos em Israel e Judá. Na realidade, não contém uma narrativa histórica tão detalhada como se poderia esperar (400 anos em 47 capítulos). Ao contrário, 1 e 2 Reis são uma narrativa histórica seletiva, com um propósito teológico. O autor, portanto, seleciona e enfatiza o povo e os eventos que são significativos no plano moral e religioso. Em 1 e 2 Reis, Deus é apresentado como Senhor da história.
1Reis 18.12 contém a única referência direta ao Espírito Santo, onde é chamado de “Espírito do Senhor”. As palavras de Obadias lá indicam que o Espírito Santo algumas vezes transportou Elias de um lugar para outro (ver também 2Reis 2.16) Percebe-se uma relação com Atos 8.39-40, em que se descreve Felipe como tendo uma experiência similar.
Há uma alusão, em 18.46 (“a mão do SENHOR”), à ação do Espírito Santo em capacitar Elias para operar milagres, A fórmula “mão do SENHOR” é uma referência à inspiração dos profetas pelo Espírito de Deus (ver 2Reis 3.15 e Ezequiel 1.3; comparar com 1Samuel 10.6,10 e 19.20,23). Aqui “a mão do SENHOR” se refere ao Espírito Santo que dotou Elias com poderes sobrenaturais para realizar uma façanha surpreendente.
Além dessas passagens, 1Reis 22.24 pode ser outra referência ao Espírito Santo. Esse versículo se refere a um “espírito do SENHOR” e pode indicar que os profetas compreendiam que o seu dom de profecia vinha do Espírito de Deus (ver 1Samuel 10.6,10; 19.20,23). Se esta interpretação é aceita, então estaria em paralelo com 1Coríntios 12.7-11, que confirma que a habilidade pra profetizar é realmente uma manifestação do Espírito Santo.
A figura de Elias na Bíblia
O próprio nome Elias, que significa "Yahweh é Deus" ou "Yahweh é meu Deus", já expressa seu caráter e sua função na história bíblica. Ele foi um vencedor do monoteísmo de Yahweh. É ele quem mantém a fé em Yahweh entre o povo e quem luta com vigor pelos Seus direitos. Sua árdua luta contra todo sincretismo religioso faz deste profeta, que "surgiu como fogo e cuja palavra queimava como uma tocha", uma figura de primeira linha na sucessão das duas Alianças. Os livros dos Reis nos contam sua vida de forma ampla. Nesta narração distinguem-se dois ciclos: "o ciclo de Elias" (1Reis 17 - 2Reis 1.18), que se centra na atividade do profeta, e o "ciclo de Eliseu" (2Reis 2-13), que começa com o arrebatamento de Elias, momento em que Eliseu o sucede.
Originário de Tesbi, Elias exerceu seu ministério no reino do Norte, no século IX a. C., em tempos de Acabe e de Acazias. Elias era sobretudo o inspirador da vida de oração. Ele exorta a se praticar a plenitude do amor divino. "Até quando vais estar mancando?", é apresentado também no Novo Testamento como modelo de oração eficaz. (Tiago 5.17).
Na transfiguração de Jesus no Tabor, Elias aparece junto com Moisés (Mateus 17.1-8; Lucas 9.28-36), também favorecido por uma teofania no Sinai. Elias permanece ligado a Moisés na Antiga Aliança, da qual um é o legislador que a conclui, e o outro é o profeta que a conserva intacta e pura. A presença de ambos no Tabor é destinada a testemunhar, na antecipada exaltação de Jesus, que a nova Aliança é o coroamento da Antiga.
Os acontecimentos descritos em 1Reis abrangem um período de cerca de 120 anos. Recorda as turbulentas experiências do povo de Deus desde a morte de Davi, em cerca de 971 aC, até ao reinado de Josafá (o quarto rei do Reino de Judá) e o reinado de Acazias (o nono rei do Reino de Israel), em cerca de 853 aC. Esse foi um período difícil da história do povo de Deus, foram grandes mudanças e sublevações. Havia luta interna e pressão externa. O resultado foi um momento tenebroso, em que um reino estável, dirigido por um líder forte, dividiu-se em dois. 1 e 2 Reis eram, originalmente, um só livro, que continuava a narrativa de 1 e 2 Samuel. Os compositores do Antigo T grego (Septuaginta ou LXX) dividiram a obra em “3 e 4 Reinos” (1 e 2 Samuel eram 1 e 2 Reinos). O Título “Reis” se deriva da tradução latina de Jerônimo (Vulgata) e é apropriado por causa da ênfase desses livros nos reis que governaram durante este período.
Os livros de 1 e 2 Reis começam a registrar os eventos históricos do povo de Deus no lugar em que 1 e 2 Samuel interrompem. No entanto, Reis é mais do que uma simples compilação de acontecimentos políticos importantes ou socialmente significativos em Israel e Judá. Na realidade, não contém uma narrativa histórica tão detalhada como se poderia esperar (400 anos em 47 capítulos). Ao contrário, 1 e 2 Reis são uma narrativa histórica seletiva, com um propósito teológico. O autor, portanto, seleciona e enfatiza o povo e os eventos que são significativos no plano moral e religioso. Em 1 e 2 Reis, Deus é apresentado como Senhor da história.
1Reis 18.12 contém a única referência direta ao Espírito Santo, onde é chamado de “Espírito do Senhor”. As palavras de Obadias lá indicam que o Espírito Santo algumas vezes transportou Elias de um lugar para outro (ver também 2Reis 2.16) Percebe-se uma relação com Atos 8.39-40, em que se descreve Felipe como tendo uma experiência similar.
Há uma alusão, em 18.46 (“a mão do SENHOR”), à ação do Espírito Santo em capacitar Elias para operar milagres, A fórmula “mão do SENHOR” é uma referência à inspiração dos profetas pelo Espírito de Deus (ver 2Reis 3.15 e Ezequiel 1.3; comparar com 1Samuel 10.6,10 e 19.20,23). Aqui “a mão do SENHOR” se refere ao Espírito Santo que dotou Elias com poderes sobrenaturais para realizar uma façanha surpreendente.
Além dessas passagens, 1Reis 22.24 pode ser outra referência ao Espírito Santo. Esse versículo se refere a um “espírito do SENHOR” e pode indicar que os profetas compreendiam que o seu dom de profecia vinha do Espírito de Deus (ver 1Samuel 10.6,10; 19.20,23). Se esta interpretação é aceita, então estaria em paralelo com 1Coríntios 12.7-11, que confirma que a habilidade pra profetizar é realmente uma manifestação do Espírito Santo.
A figura de Elias na Bíblia
O próprio nome Elias, que significa "Yahweh é Deus" ou "Yahweh é meu Deus", já expressa seu caráter e sua função na história bíblica. Ele foi um vencedor do monoteísmo de Yahweh. É ele quem mantém a fé em Yahweh entre o povo e quem luta com vigor pelos Seus direitos. Sua árdua luta contra todo sincretismo religioso faz deste profeta, que "surgiu como fogo e cuja palavra queimava como uma tocha", uma figura de primeira linha na sucessão das duas Alianças. Os livros dos Reis nos contam sua vida de forma ampla. Nesta narração distinguem-se dois ciclos: "o ciclo de Elias" (1Reis 17 - 2Reis 1.18), que se centra na atividade do profeta, e o "ciclo de Eliseu" (2Reis 2-13), que começa com o arrebatamento de Elias, momento em que Eliseu o sucede.
Originário de Tesbi, Elias exerceu seu ministério no reino do Norte, no século IX a. C., em tempos de Acabe e de Acazias. Elias era sobretudo o inspirador da vida de oração. Ele exorta a se praticar a plenitude do amor divino. "Até quando vais estar mancando?", é apresentado também no Novo Testamento como modelo de oração eficaz. (Tiago 5.17).
Na transfiguração de Jesus no Tabor, Elias aparece junto com Moisés (Mateus 17.1-8; Lucas 9.28-36), também favorecido por uma teofania no Sinai. Elias permanece ligado a Moisés na Antiga Aliança, da qual um é o legislador que a conclui, e o outro é o profeta que a conserva intacta e pura. A presença de ambos no Tabor é destinada a testemunhar, na antecipada exaltação de Jesus, que a nova Aliança é o coroamento da Antiga.
Conhecendo a Bíblia - 10ª parte
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O SEGUNDO LIVRO DE SAMUEL
A Conseqüência do Pecado É Ampla
O SEGUNDO LIVRO DE SAMUEL
A Conseqüência do Pecado É Ampla
2Samuel trata da ascendência de Davi ao trono e dos quarenta anos do seu reinado. O livro está enfocado na sua pessoa. E começa com a morte de Saul e Jônatas na batalha do monte Gilboa. Davi é, então, ungido rei sobre Judá, sua própria tribo. Há um jogo de poder pela casa de Saul entre Isbosete, filho de Saul e Abner comandante-chefe dos exércitos de Saul. Embora a rebelião tenha sido sufocada, esse relato sumário descreve os sete anos e meio anteriores à unificação do reino por Davi. “E houve uma longa guerra entre a casa de Saul e a casa de Davi; porém Davi se ia fortalecendo, mas os da casa de Saul se iam enfraquecendo” (3.1).
Davi unifica tanto a vida religiosa quanto política da nação ao trazer a arca do Testemunho da casa de Abinadabe, onde havia estado deste que fora recuperada dos filisteus (cap. 6).
O tema do Rei vindouro, o Messias, é introduzido quando Deus estabelece uma aliança perpétua com Davi e seu reino. “Teu trono será firme para sempre” (7.16).
Davi derrota com sucesso os inimigos de Israel, e inicia-se um período de estabilidade e prosperidade. Tristemente, porém, a sua vulnerabilidade e fraqueza o leva ao pecado com Bate-Seba e ao assassinato de Urias, esposo dela.
Apesar do arrependimento de Davi depois de confrontado com o profeta Natã, as conseqüências da sua ação são declaradas com todas as letras: “Agora, pois, não se apartará a espada jamais de tua casa” (12.10).
Absalão, filho de Davi, depois de uma longa separação de seu pai, instiga uma rebelião contra o rei, e Davi foge de Jerusalém. A rebelião termina quando Absalão, pendurado numa árvore pelos cabelos, é morto por Joabe. Há uma desavença entre Israel e Judá a respeito da volta do rei a Jerusalém. Um rebelde chamado Seba instiga Israel a abandonar Davi e a voltar para casa. Embora Davi tome uma série de decisões desafortunadas e pouco sábias, a rebelião é sufocada, e Davi é mais uma vez estabelecido em Jerusalém.
O livro termina com dois belos poemas, uma lista dos valentes de Davi e com o pecado de Davi em fazer o censo dos homens de guerra de Israel. Davi se arrepende, compra a eira de Araúna e apresenta oferendas ao Senhor no altar que constrói.
Davi e seu reino esperavam a vinda do Messias. O cap. 7, em especial, antecipa o futuro Rei. Deus interrompe os planos de Davi de construir uma casa para a arca e explica que enquanto Davi não pode construir uma casa para Deus, Deus está construindo uma casa para Davi, ou seja, uma linhagem que dure para sempre.
Pela sua vitória sobre todos os inimigos de Israel, pela sua humildade e compromisso com o Senhor, pelo seu zelo a favor da casa de Deus e pela associação dos ofícios de profeta, sacerdote e rei na sua pessoa, Davi é um precursor da Raiz de Jessé, Jesus Cristo.
Jesus explicou a obra do Espírito em João 16.8: “E, quando ele vier convencerá o mundo do pecado, e da justiça, e do juízo.” Nós vemos claramente a ação do Espírito Santo através desses dois modos em 2Samuel. Ele atuava com mais freqüência através do sacerdócio. Sua atuação como conselheiro pode ser apreciada nas muitas ocasiões em que Davi “consultou o Senhor” através do sacerdote e do éfode.
A obra de convencer e de condenar do Espírito é claramente percebida quando o profeta Natã enfrenta Davi por causa do seu pecado com Bate-Seba e Urias. O pecado de Davi é desnudado, a justiça é feita, e o julgamento é anunciado. Isso, no quadro microcósmico de 2Samuel, ilustra o amplo ministério do Espírito Santo no mundo através da igreja investida do poder do Espírito.
Conhecendo a Bíblia - 9ª parte
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O PRIMEIRO LIVRO DE SAMUEL
Bênção Verdadeira Vem Com Espiritualidade Pura
O autor de 1Samuel não é nomeado neste livro, mas é provável que Samuel ou tenha escrito ou fornecido a informação para, 1-25.1, o que engloba sua vida e ministério até sua morte. A autoria do restante de 1Samuel não pode ser determinada com certeza, mas alguns supõem que seja do sacerdote Abiatar.
Por causa da referência à cidade de Ziclague, que “pertence aos reis de Judá, até o dia de hoje” (27.6), e por outras referências a Judá e a Israel, sabemos que 1Samuel foi escrito depois da divisão da nação em 931 aC. Além disso, como não há menção à queda de Samaria em 722 aC, deve ser datado antes deste evento. O livro de 1Samuel cobre um período de cerca de 140 anos, começando com o nascimento de Samuel em redor de 1150 aC e terminando com a morte de Saul em redor de 1010 aC.
Israel havia sido governado por juizes que Deus levantou em momentos cruciais da história da nação; no entanto, a nação havia se degenerado moralmente e politicamente. Havia estado sob a investida violentas e desalmadas dos filisteus. O templo de Siló fora profanado e o sacerdócio se mostra corrupto e imoral. Em meio a essa confusão política e religiosa surge Samuel, o milagroso filho de Ana. De uma forma notável, a renovação e a alegria que esse nascimento trouxe à sua mãe prefiguram o mesmo para a nação.
Os próprios filhos de Samuel não eram reflexo do seu caráter piedoso. O povo não tinha confiança nos seus filhos; mas a medida em que Samuel envelhecia, pressionavam-no para que lhes desse um rei. Com relutância, ele acaba cedendo. Saul, homem vistoso e carismático, é escolhido para tornar-se o primeiro rei. O seu ego era tão grande quanto a sua estatura. Pela sua impaciência, exerceu funções sacerdotais, em vez de esperar por Samuel. Depois de desprezar os mandamentos de Deus, foi rejeitado por ele. Depois dessa rejeição, Saul tornou-se uma figura trágica, consumida por ciúme e medo, perdendo gradualmente a sua sanidade. Gastou os seus últimos anos numa incansável perseguição a Davi através das regiões montanhosas e desérticas do seu reino, num desesperado esforço para eliminá-lo. Davi, no entanto, encontrou um aliado em Jônatas, filho de Saul. Ele advertiu Davi sobre os planos do seu pai para matá-lo. Finalmente, depois que Saul e Jônatas são mortos em batalha, o cenário está pronto para que Davi se torne o segundo rei de Israel.
As semelhanças entre Jesus e o pequeno Samuel são surpreendentes. Ambos são filhos de promessa. Ambos foram dedicados a Deus antes do nascimento. Ambos forma pontes de transição de um estágio da história da nação para outro. Samuel acumulou os ofícios de profeta e sacerdote; Cristo é profeta, sacerdote e rei.
O fim trágico de Saul ilustra o destino final dos reinos terrenos. A única esperança é um Reino de Deus na terra, cujo soberano seja o próprio Deus. Em Davi começa a linhagem terrena do Rei de Deus. Em Cristo, Deus vem como Rei e virá novamente como Rei dos reis.
Davi, o pequeno e humilde pastor, prefigura a Cristo, o bom pastor. Jesus torna-se o Rei-pastor definitivo.
1Samuel contém notáveis exemplos da vinda do Espírito Santo sobre os profetas, bem como sobre Saul e seus servos. Em 10.6, o Espírito Santo vem sobre Saul, que profetiza e “se transforma em outro homem”, isto é, é equipado pelo Espírito para cumprir o chamado de Deus.
Depois de ser ungido por Samuel, “desde aquele dia em diante, o Espírito do SENHOR se apoderou de Davi” (16.13). O fenômeno do Espírito inspirando a adoração ocorre no cap. 10 e em 19.20. Esse fenômeno não é como o frenesi impregnado de emotividade dos pagãos, mas verdadeira adoração e louvor a Deus pela inspiração do Espírito, em semelhança ao ocorrido no dia de Pentecostes (At 2).
Mesmo nos múltiplos usos do éfode, Urim e Tumim, esperamos ansiosamente pelo momento em que o “Espírito da Verdade” nos irá guiar em “toda a verdade”, nos falará sobre “o que há de vir” e “há de receber do que é meu (de Jesus)” e no-lo “há de anunciar” (Jo 16.13,14).
O PRIMEIRO LIVRO DE SAMUEL
Bênção Verdadeira Vem Com Espiritualidade Pura
O autor de 1Samuel não é nomeado neste livro, mas é provável que Samuel ou tenha escrito ou fornecido a informação para, 1-25.1, o que engloba sua vida e ministério até sua morte. A autoria do restante de 1Samuel não pode ser determinada com certeza, mas alguns supõem que seja do sacerdote Abiatar.
Por causa da referência à cidade de Ziclague, que “pertence aos reis de Judá, até o dia de hoje” (27.6), e por outras referências a Judá e a Israel, sabemos que 1Samuel foi escrito depois da divisão da nação em 931 aC. Além disso, como não há menção à queda de Samaria em 722 aC, deve ser datado antes deste evento. O livro de 1Samuel cobre um período de cerca de 140 anos, começando com o nascimento de Samuel em redor de 1150 aC e terminando com a morte de Saul em redor de 1010 aC.
Israel havia sido governado por juizes que Deus levantou em momentos cruciais da história da nação; no entanto, a nação havia se degenerado moralmente e politicamente. Havia estado sob a investida violentas e desalmadas dos filisteus. O templo de Siló fora profanado e o sacerdócio se mostra corrupto e imoral. Em meio a essa confusão política e religiosa surge Samuel, o milagroso filho de Ana. De uma forma notável, a renovação e a alegria que esse nascimento trouxe à sua mãe prefiguram o mesmo para a nação.
Os próprios filhos de Samuel não eram reflexo do seu caráter piedoso. O povo não tinha confiança nos seus filhos; mas a medida em que Samuel envelhecia, pressionavam-no para que lhes desse um rei. Com relutância, ele acaba cedendo. Saul, homem vistoso e carismático, é escolhido para tornar-se o primeiro rei. O seu ego era tão grande quanto a sua estatura. Pela sua impaciência, exerceu funções sacerdotais, em vez de esperar por Samuel. Depois de desprezar os mandamentos de Deus, foi rejeitado por ele. Depois dessa rejeição, Saul tornou-se uma figura trágica, consumida por ciúme e medo, perdendo gradualmente a sua sanidade. Gastou os seus últimos anos numa incansável perseguição a Davi através das regiões montanhosas e desérticas do seu reino, num desesperado esforço para eliminá-lo. Davi, no entanto, encontrou um aliado em Jônatas, filho de Saul. Ele advertiu Davi sobre os planos do seu pai para matá-lo. Finalmente, depois que Saul e Jônatas são mortos em batalha, o cenário está pronto para que Davi se torne o segundo rei de Israel.
As semelhanças entre Jesus e o pequeno Samuel são surpreendentes. Ambos são filhos de promessa. Ambos foram dedicados a Deus antes do nascimento. Ambos forma pontes de transição de um estágio da história da nação para outro. Samuel acumulou os ofícios de profeta e sacerdote; Cristo é profeta, sacerdote e rei.
O fim trágico de Saul ilustra o destino final dos reinos terrenos. A única esperança é um Reino de Deus na terra, cujo soberano seja o próprio Deus. Em Davi começa a linhagem terrena do Rei de Deus. Em Cristo, Deus vem como Rei e virá novamente como Rei dos reis.
Davi, o pequeno e humilde pastor, prefigura a Cristo, o bom pastor. Jesus torna-se o Rei-pastor definitivo.
1Samuel contém notáveis exemplos da vinda do Espírito Santo sobre os profetas, bem como sobre Saul e seus servos. Em 10.6, o Espírito Santo vem sobre Saul, que profetiza e “se transforma em outro homem”, isto é, é equipado pelo Espírito para cumprir o chamado de Deus.
Depois de ser ungido por Samuel, “desde aquele dia em diante, o Espírito do SENHOR se apoderou de Davi” (16.13). O fenômeno do Espírito inspirando a adoração ocorre no cap. 10 e em 19.20. Esse fenômeno não é como o frenesi impregnado de emotividade dos pagãos, mas verdadeira adoração e louvor a Deus pela inspiração do Espírito, em semelhança ao ocorrido no dia de Pentecostes (At 2).
Mesmo nos múltiplos usos do éfode, Urim e Tumim, esperamos ansiosamente pelo momento em que o “Espírito da Verdade” nos irá guiar em “toda a verdade”, nos falará sobre “o que há de vir” e “há de receber do que é meu (de Jesus)” e no-lo “há de anunciar” (Jo 16.13,14).
RUTE
A História de amor; de uma mulher e sua sogra.
Tradição - Lida no fim da safra, a Páscoa.
Cristo - O Redentor voluntário do teu povo. A Igreja é a Sua noiva.
- Os estrangeiros podem ser redimidos.
- Pela escolha, determinou seu fim: Orfa à obscuridade. Rute à nobreza (Mt 1.5)
Relata, aproximadamente, uns 10 anos, provavelmente, durante o tempo dos juízes, talvez durante o tempo de Gideão, história da vida normal de uma família durante a época dos juízes.
Uma mulher procurando "descanso" (1.9; 3.1) - casamento. A História de amor; de uma mulher e sua sogra.
Tradição - Lida no fim da safra, a Páscoa.
Cristo - O Redentor voluntário do teu povo. A Igreja é a Sua noiva.
- Os estrangeiros podem ser redimidos.
- Pela escolha, determinou seu fim: Orfa à obscuridade. Rute à nobreza (Mt 1.5)
- Os estudiosos discordam quanto à data do livro, porém o seu cenário histórico é evidente. Os episódios relatados nos livro de Rute se passam durante o período de Juízes, sendo parte daqueles eventos que ocorrem entre a morte de Josué e a ascensão da influência de Samuel (provavelmente 1150 e
1100 aC ).
A tradição rabínica assegura que Samuel escreveu o livro na segunda metade do séc. XI AC, há evidências na linguagem da obra bem como referencias a costumes peculiares próprios do séc. XII aC que recomendam a aceitação da data mais antiga. É razoável supor que Samuel, que testemunhou o declínio do reinado de Saul e foi divinamente instruído para ungir Davi como escolhido de Deus para o trono, tivesse redigido o livro. Uma história tão comovente como essa certamente já teria sido passada adiante oralmente entre o povo de Israel, e a genealogia que a conclui indicaria uma conexão com os patriarcas, oferecendo assim uma resposta a todos aqueles que, em Israel, indagassem pelo passado familiar do seu rei.
Cristo Revelado
Boas representa uma das mais dramáticas figuras do Antigo Testamento que antecipa a obra redentora de Jesus. A função de “parente remidor” cumprida de forma tão elegante nas ações que promoveram a restauração pessoal de Rute, dá testemunho eloqüente a respeito disso. As ações de Boaz efetuam a participação de Rute nas bênçãos de Israel e a incluem na linhagem familiar do Messias (Ef 2.19).
Eis aqui uma magnífica silhueta do Mestre, antecipando em muitos séculos a sua graça redentora. Como nosso “parente chegado”, Ele se torna carne — vindo como um Ser humano (Jo 1.14; Fp 2.5-8).
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A atividade do Espírito Santo do Senhor no Livro de Juízes é claramente retratada na liderança carismática daquele período. Os seguintes atos heróicos de Otniel, Gideão, Jefté e Sansão são atribuídos ao Espírito do Senhor:
JUÍZES
O autor de Juízes é desconhecido. O Talmude atribui o livro a Samuel. Este bem pode ter escrito partes do livro, já que se afirma que era um escritor (1Sm 10.25).
O Livro cobre o período entre a morte de Josué e a instituição da monarquia. A data real da composição do livro é desconhecida.
O Livro cobre o período entre a morte de Josué e a instituição da monarquia. A data real da composição do livro é desconhecida.
Juízes cobre um período caótico na história de Israel: cerca de 1380 a 1050 aC . Sob a liderança de Josué, Israel conquistou e ocupou de forma geral a terra de Canaã, mas grandes áreas ainda permaneceram por ser conquistadas pelas tribos individualmente. Israel praticava continuamente o que era mau aos olhos do Senhor e “não havia rei em Israel, porém cada um fazia o que parecia reto aos seus olhos” (21.25). Ao servirem de forma deliberada a deuses estranhos, o povo de Israel quebrava a sua aliança com o Senhor. Em conseqüência, o Senhor os entregava nas mãos dos opressores. Cada vez que o povo clamava ao Senhor, este, com fidelidade, levantava um juiz a fim de prover libertação ao seu povo. Estes juízes, a quem o Senhor escolheu e ungiu com o seu Espírito, eram militares e civis. O Livro de Juízes não olha apenas retroativamente para a conquista de Canaã, liderada por Josué, registrando as condições em Canaã durante o período dos juízes, mas também antecipa o estabelecimento da monarquia em Israel.
O Livro de Juízes está dividido em três seções principais:
1) Prólogo (1.1-3.6)
2) Narrativas (3.7-16.31)
3) Epílogo (17.1-21.25)
A primeira parte do prólogo (1.1-2.5) estabelece o cenário histórico para as narrativas que seguem. Ali é descrita a conquista incompleta da Terra Prometida (1.1-36) e a reprimenda do Senhor pela infidelidade do povo à sua aliança (2.1-5). A segunda parte do prólogo (2.6-3.6) oferece uma visão geral do corpo principal do Livro, que são as narrativas. Estas descrevem os caminhos rebeldes de Israel durante os primeiros séculos na Terra Prometida e mostram como o Senhor se relacionou com a nação naquele período, um tempo caracterizado por um ciclo recorrente de apostasia, opressão, arrependimento e libertação.
A parte principal do livro (3.7-16.31) ilustra esse padrão que se repete na história antiga de Israel. Os israelitas faziam o que era mau aos olhos do Senhor (apostasia); o Senhor os entregava nas mãos de inimigos (opressão); o povo de Israel clamava ao Senhor (arrependimento); e, em resposta ao seu clamor, o Senhor levantava libertadores a que ele capacitava com o seu Espírito (libertação). Seis indivíduos— Otniel, Eúde, Débora, Gideão, Jefté e Sansão—, cujo papel de libertadores é narrado com mais detalhes, são classificados como “juízes maiores”. Seis outros, que são mencionados rapidamente— Sangar, Tola, Jair, Ibsã, Elom e Abdom—, são conhecidos como “juízes menores”. Um décimo terceiro personagem, Abimeleque, está vinculado à história de Gideão.
Duas histórias são acrescentadas ao Livro de Juízes (17.1—21.15) na forma de um epílogo. O propósito desses apêndices não é estabelecer um final ao período dos juízes, mas descrever a corrupção religiosa e moral existente nesse período. A primeira história ilustra a corrupção na religião de Israel. Mica estabeleceu em Efraim uma forma pagã de culto ao Senhor, a qual foi adotada pelos danitas quando estes abandonaram o território que lhes coube por herança e migraram para o norte de Israel. A segunda história no epílogo ilustra a corrupção moral de Israel ao relatar a infeliz experiência de um levita em Gibeá, no território de Benjamim, e a conseqüente guerra benjamita. Aparentemente, o propósito desta seção final do livro é ilustrar as conseqüências da apostasia e anarquia nos dias em que “não havia rei em Israel”.
O Espírito do Senhor veio sobre Otniel (3.10) e o capacitou a libertar os israelitas das mãos de Cusã-Risataim, rei da Síria.
Através da presença pessoal do Espírito do Senhor, Gideão (6.34) libertou o povo de Deus das mãos dos midianitas. Literalmente, o Espírito do Senhor se revestiu de Gideão. O Espírito do Senhor capacitou este líder escolhido por Deus e agiu através dele para implementar o ato salvífico do Senhor em benefício do seu povo.
O Espírito do Senhor equipou Jefté (11.29) com habilidades de liderança no seu empreendimento militar contra os amonitas. A vitória de Jefté sobre os amonitas foi o ato de libertação do Senhor em benefício de Israel.
O Espírito do Senhor capacitou Sansão e executar atos extraordinários. Ele começou a impelir Sansão para sua carreira (13.25). O Espírito veio poderosamente sobre ele em várias ocasiões. Sansão despedaçou um leão apenas com as mãos (14.6). Certa vez matou trinta filisteus (14.19) e, em outra ocasião, livrou-se das cordas que amarravam as suas mãos e matou mil filisteus com uma queixada de jumento (15.14,15).
O mesmo Espírito Santo que deu condições a esses libertadores para que fizesse façanhas e cumprissem os planos e propósitos do Senhor continua operante ainda hoje.
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